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quinta-feira, 6 de março de 2014

Tigre: chuva de gols, jogo bom e empate ruim

Aconteceu de tudo ontem à noite no Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo.

São Bernardo e Rio Claro fizeram um jogo sem primor tático e técnico, mas eletrizante. Com direito a uma chuva de gols e alternância no placar.

Falhas individuais de jogadores e treinadores colaboraram para que saíssem exagerados 10 gols.

Porém,  o raro empate de 5 a 5 foi ruim tanto para o Tigre quanto para o Rio Claro, que ainda sonham com vagas no Campeonato Paulista e/ou na Série D do Brasileiro. O que está cada vez mais difícil.

Novamente no 4-3-1-2, com três volantes, um meia, dois atacantes e apostando nos contragolpes rápidos, o São Bernardo abriu 2 a 0 em apenas 10 minutos.

Eduardo marcou belo gol de falta aos oito e dois minutos depois Marino ampliou ao aproveitar lançamento do mesmo Eduardo e falha de cobertura da zaga interiorana.

Em desvantagem, o 4-4-2 do Rio Claro ficou mais ofensivo. Desprezou os cuidados defensivos ao dar espaços para os contra-ataques do Tigre.

Melhor postado, o time do técnico Fahel Júnior diminuiu aos 26 minutos com Rafael Costa em cobrança de falta que desviou  em Marino  e matou o goleiro Wilson Júnior.

Um minuto depois, no entanto, o São Bernardo ampliou com Bady, livre de marcação, após cruzamento escorado por Eleomar Bombinha.

Até aí, parecia um jogo normal. Mas tudo começou a mudar no final do primeiro tempo, quando Dudu,  volante e principal marcador do Tigre, fez falta e recebeu o segundo cartão amarelo.

Mesmo com um jogador a menos, o técnico Edson Boaro voltou sem a alteração lógica, que seria a substituição do pouco produtivo Eleomar Bombinha por algum marcador, no mínimo para recompor o setor e se proteger.

Jogo virou o samba do crioulo doido. Coisa de louco! São Bernardo sofreu verdadeira pane mental. Perdido, desarrumado e dominado, viu o Rio Claro fazer quatro gols  e ainda mandar uma bola na trave em 10 minutos: André Luiz aos três aos quatro e meio, Leo Costa aos 10 e Robson aos 13.

Atônitos, meio-campistas, laterais e zagueiros internos do Tigre falharam em sequência e viram o Rio Claro acelerar e atropelar. Passeios em amplas avenidas, especialmente na marginal direita. Sob o testemunho silencioso da torcida incrédula.

No banco de reservas, Edson Boaro também parecia anestesiado. Quando já estava em desvantagem, colocou o meia Jean Carlos na lateral-esquerda e deslocou Eduardo para a direita no lugar de Rafael Cruz, além de fazer entrar os atacantes Diogo Acosta e Márcio Diogo.

Careca aproveitou falha da zaga para diminuir aos 15 minutos, de cabeça. E, mesmo com um jogador e menos, o São Bernardo  não desistiu. Foi ao ataque e encontrou espaços porque o Rio Claro, talvez imaginando o jogo decidido, diminuiu o ritmo ofensivo e a intensidade na marcação.

Tanto quanto Boaro, Fahel também não  motivou nem mexeu na hora certa. O time trocou a velocidade pela apatia, não aproveitou a vantagem numérica para matar o jogo e acabou levando o gol de empate aos 38 minutos, em nova jogada pela esquerda e cabeçada de Márcio Diogo.

Se a partida tivesse  mais cinco minutos, o Tigre ganharia. Se tivesse mais 10, o Rio Claro empataria. Se tivesse mais 20 minutos, terminaria 7 a 7 com uma lambança de cada goleiro.

Dos males, o menor, pelas circunstâncias do jogo. Mas o empate em casa foi ruim e deixa o São Bernardo ainda mais longe das vagas.



  

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