Sim, o São Caetano ainda é o 17º colocado do Campeonato Brasileiro da Série B!
Sim, também está na zona de rebaixamento e corre sério risco de ir para a Série C!
Sim, o São Caetano de hoje ainda não é nem sombra daquele que na década passada empolgou o Brasil e chegou a ser vice-campeão da Libertadores da América.
Sim, o time de hoje está bem distante daquele vice-campeão brasileiro por duas vezes e campeão paulista nas mãos de Muricy Ramalho.
Porém, finalmente, o São Caetano que se viu ontem no Recife foi capaz ao menos de lembrar que já esteve no topo do ranking nacional.
A vitória diante do instável mas sempre caseiro Sport foi o que de mais importante poderia ter acontecido ao grupo de Márcio Araújo.
Mesmo abalado emocionalmente após duas derrotas, o Sport ameaçou pressionar com o apoio da torcida. Deu algum trabalho e poderia ter chegado ao gol no início do jogo.
Mas não passou disso. Antes mesmo do primeiro dos dois gols do lateral Artur o São Caetano já dava mostras de que desta vez tudo seria diferente.
A começar pela segurança defensiva, com laterais subindo pouco, zagueiros internos atentos às antecipações e às coberturas e, principalmente, com uma linha de três volantes disposta a não dar espaços. Especialmente ao articulador Marcelinho Paraíba.
Com os gols, tudo ficou mais fácil. O Sport perdeu o controle nervoso e a bola passou a queimar nos pés dos "pernambucanos".
No segundo tempo o time de PC Gusmão voltou mais disposto e chegou a diminuir num gol irregular, mas o Azulão não se abalou.
Mesmo sem ser tão criativo, o São Caetano chegou a criar mais duas boas oportunidades em contragolpes, além do gol de Nunes em jogada de Ailton. Além disso, manteve o alto poder combativo e se aplicou do começo ao fim. Coisa rara neste campeonato.
Agora, faltam apenas 10 rodadas para o grupo sacramentar o que esboçou no Recife. Se mantiver o alto grau de competitividade, ficará mais perto de conquistar 12/13 pontos salvadores.
Só que ainda é cedo para se qualificar a reação como consistente. Jogo desta sexta-feira, no Anacleto Campanella, deve dar mostras mais claras de aonde o time pode chegar.
Vila Nova também está na zona de degola. Não dá nem pra imaginar resultado diferente de vitória convincente. Também não quer dizer que Márcio Araújo deva exercitar a máxima de que "em time que ganha não se mexe".
Balela! Cada jogo tem sua história. Adversário deve ser respeitado com cuidados defensivos pertinentes. Mas fazer reverência não significa curvar-se demais e mostrar a bunda.
Por isso eu escalaria o Azulão no 4-2-2-2. A começar por zagueiros internos atentos e sem algemar laterais. Os dois volantes, Ricardo Conceição e Souza, teriam tarefas definidas para marcar, mas não se omitiriam na hora de encostar nos meias e até nos atacantes.
O quadrado do meio-campo teria dois meias: o mais dinâmico e ousado Ailton ao lado de Kléber ou até mesmo um atacante improvisado. Na frente, Antonio Flávio e Nunes começariam jogando.
Um time totalmente ofensivo, sem medo de ir pra cima. A ousadia pode ser sinônimo de risco, mas, em casa, o Azulão não pode ter medo nem da irresistível Portuguesa.
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