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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Brunão não é a casa-da-mãe-joana

Cuidado, senhores dirigentes do Esporte Clube Santo André! Cuidado, apaixonados torcedores do Ramalhão!

Pelo andar da carruagem, o Estádio Bruno José Daniel não vai demorar muito pra virar casa-da-mãe-joana para satisfazer  caprichos de políticos de plantão.

Calma, amigo leitor! O Brunão não vai virar prostíbulo. Ainda não! Porém, por pura incompetência e desorganização do Poder Público, o estádio está prestes a deixar de ter o esporte,  mais precisamente o futebol,  como protagonista.

Pelas intenções -- ou decisões? --  recém-anunciadas pelo nobre prefeito Carlos Grana o espaço sob as arquibancadas  será readequado para receber -- pasmem -- parte das secretarias de Educação e de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos.

Corre-se o sério risco de colocarem Gilmar Silvério no gol dos fundos e Paulinho Serra como centroavante matador, bem próximo do gol de entrada?

Caro prefeito, você é um brincalhão! Além de mero arremedo de administrador público. Será que seus nobres secretários não têm alternativa mais plausível?

Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda, cujo aluguel  de R$ 55 mil andou atrasado por cinco meses, também pode ter o mesmo destino.  Quem sabe o setor se dê bem nos antigos vestiários de tristes e históricos alagamentos...

Administração municipal alega necessidade de corte de gastos -- mais de R$ 2 milhões anuais em aluguel --  para estancar parte do rombo nas finanças. O que não deixa de ser um atestado de incompetência.

O Bruno Daniel passa por reformas estruturais intermináveis   com o objetivo de virar arena multiuso. Custos totais devem ficar próximos de R$ 20 milhões, com financiamento do governo do Estado e contrapartida da Prefeitura petista.

Até prova em contrário, ou o fim do Ramalhão, o Bruno Daniel é a casa de um futebol de tanta história e tradição. Portanto, mesmo que provisoriamente, não há por que querer adaptar as novas instalações para receber Obras, Educação e cia.

O máximo que se poderia admitir é a transferência da Secretaria de Esporte e Lazer, além do sonhado Museu do Esporte e até mesmo a sede da Liga de Futebol Amador, que já foi a maior da América do Sul.

Todo espaço físico  não ocupado pelo futebol do Santo André pode ser utilizado por outros segmentos do esporte andreense. Sem essa de querer transferir a Prefeitura para o estádio

Logo vão querer usar o gramado para uma peladinha entre  secretarias, entre os esquadrões de Gilmar e Paulinho. Ou o gramado seria mais útil para estacas, lonas e barracos, objetivo principal dos sem-teto?

Embora o Brunão seja municipal e o futebol do nosso Santo André esteja momentaneamente em baixa, é bom que  os torcedores e os meus amigos Jairo Livolis e Celso Luiz de Almeida ponham as barbas de molho.

O palco dos belos gols de Tulica, das defesas milagrosas de Tonho e das atuações irretocáveis e inesquecíveis de Fernandinho, Élcio, Arnaldinho, Da Silva, Sandro, Lance e tantos outros pode virar uma zona.

Sim, uma casa-da-mãe-joana a serviço de gente insensível, pretensiosa,  que sempre encarou o esporte como algo pequeno, de prioridade 727. Gente que usa o esporte, e as coisas do esporte, como marionete. Sempre com interesses pessoais ou políticos.

Que os homens do esporte se manifestem contra a decisão do senhor Carlos Grana e de seus asseclas de meia-tigela. Consequências podem ser nefastas; futuro pode ser negro.

Que os torcedores do Ramalhão façam ecoar um grito de contestação com a força de um grito de gol em domingo de decisão. Antes que seja tarde e nosso futebol profissional vá pra cucuia.

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