Não sei concretamente por que, mas tenho impressão de que o torcedor que for amanhã à tarde (15h) ao ainda sem iluminação Estádio Bruno Daniel vai ver muitos gols; pelo menos quatro.
Coisa de pitonisa, cartomante, cigana ou bola de cristal? Pode ser! Só sei que os sistemas defensivos de Santo André e Santos não têm passado segurança. Especialmente nas últimas rodadas.
Com 11 pontos ganhos, o Santo André é o terceiro colocado do Grupo C, o do líder Palmeiras. Tanto pode ficar com a segunda vaga como ser rebaixado para a Série A-2. Está a apenas dois pontos da Ferroviária e três do Audax, os mais ameaçados.
Já o favorito Santos lidera o Grupo D com 16 pontos ganhos ao lado da Ponte Preta. Novorizontino, com dois pontos a menos, também briga por uma das duas vagas.
Se reprisar amanhã o futebol do empate de 3 a 3 terça-feira diante da Ponte Preta, não tenho dúvidas de que o chamado Ramalhão vai passar apertado e dificilmente escapará da derrota.
Vi o jogo in loco, ao lado dos amigos Cal, Macarrão, Luiz, Vicente e Gilmarzinho, com quem fiz o Tiro de Guerra e joguei no Juvenil do próprio Santo André sob o comando de Roberto Bonora.
Mais uma vez o Santo André foi muito complacente na marcação. Faltaram determinação e solidariedade na redução dos espaços. Sistema defensivo falhou coletiva e individualmente.
Espaço entre defesa e meio de campo era mais ocupado pelo árbitro Raphael Claus -- aquele que prejudicou o Corinthians contra a Ferroviária -- do que pelos volantes e meias andreenses.
Tiago Ulisses até que protegia mais os zagueiros internos inseguros e saia jogando, mas Renato não se encontrou e os meias Fernando Neto e Serginho ficaram devendo.
Um fracasso. Mal posicionados, lentos e nada criativos. Serginho só apareceu na bela enfiada de bola para Garré que originou o gol contra de Jeferson. Pouco, convenhamos!
Diante de um Santos(4-3-3 ) mais forte, mais técnico, mais organizado, mais rápido, mais intenso e com DNA de ofensividade, o Santo André não pode vacilar e se dar ao luxo de novamente correr com o freio de mão puxado.
Só escapa de tomar gols se entender que recomposição acelerada e blocada é condição sine qua non pra quem quer restringir drasticamente as possibilidades de o adversário chegar ao gol.
Sinceramente, não sei se o bom treinador vai optar pela precaução de três volantes, um meia e dois atacantes, se vai preferir o equilíbrio de dois volantes, dois meias e dois atacantes ( um de velocidade para puxar contragolpes) ou se, ousadia pura e perigosa, vai de três atacantes, com o veloz Deivid pela esquerda.
Só não pode ser cauteloso, preguiçoso, complacente, pouco inteligente, burocrático, nem permissivo em excesso. Se não for mais determinado e se o goleiro Zé Carlos não praticar milagres, o time de Sérgio Soares corre sério risco de perder e chegar na última rodada precisando vencer o surpreendentemente ameaçadíssimo Audax fora de casa. Empate não deixa de ser bom resultado.
Ainda não decidi se vou ao Bruno Daniel ver muitos gols (?) ou se a desafiadora Pedra Grande de Quatinga, em Mogi das Cruzes, será destino deste peregrino neste sábado. Se chover é mais prudente ficar por aqui.
SÃO BERNARDO NA UTI
Mesmo inicialmente dando a impressão de ser mais organizado e menos defensivista que o arquirrival, o São Bernardo está ainda mais ameaçado. Tem 10 pontos ganhos e é o quarto colocado do Grupo A, o do líder Corinthians.
Teoricamente, precisa de pelo mais três pontos para escapar da degola. Pega o Linense amanhã às 16h e na última rodada, dia 29, recebe o instável São Paulo no Primeiro de Maio.
Melhor jogar para ganhar em Lins do que deixar pra se salvar contra um grande que faz muitos gols mas tem a pior defesa do campeonato. Detalhe é que o Linense briga pela segunda vaga do Grupo B, liderado pelo São Paulo. Osso duro hein!
Resta ao Tigre brigar pra sair da UTI e deixar a disputa da segunda vaga para Ituano e Botafogo. Já, para nós, resta torcer para Santo André e São Bernardo se manterem na elite estadual.
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