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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

São Caetano não toma jeito. Só virada!

Perder do líder e grande Palmeiras não é demérito pra ninguém. Porém, o São Caetano não pode abusar do direito da instabilidade e levar viradas como se fossem doce rotina.

Bom jogo de ontem no Anacleto Campanella mostrou, mais uma vez, o Azulão de um só tempo. Por isso a derrota de 2 a 1 e a perigosa 17ª colocação na Série B do Brasileiro.

Primeiro tempo do time de Marcelo Veiga foi uma verdadeira aula de futebol. Um primor! Em compensação, na segunda etapa o Palmeiras só precisou de 14 minutos para fazer dois gols diante de um Azulão fragilizado, impotente.

Nos 45 minutos iniciais o São Caetano jogou e não deixou o líder jogar. Surpreendentemente, o grande vestia azul, e não verde e branco. O Palmeiras se apequenou diante de tantas virtudes.

Montado no 4-3-1-2 ( com variação para o 4-3-3, já que Danilo Bueno se adiantava para bloquear Luís Felipe  e depois para atacar às suas costas ) marcou com determinação, sem dar espaços para os laterais, meias e atacantes palmeirenses.

Além de subir a marcação e  soltar os laterais para triangulações, o Azulão utilizava os três volantes com sabedoria. Como Vagner Carioca e Pirão não se limitavam a defender, pelo contrário, o Azulão conseguia contra-atacar com pelo menos quatro ou cinco jogadores. Sem pressa, mas com volume e intensidade.

Por isso fez 1 a 0 com Geovane aos 22 minutos e poderia ter ampliado em pelo menos mais quatro oportunidades, tal a facilidade com que chegava à área contrária.

Já o Palmeiras, apesar do 4-3-3, com três atacantes de fato,  não passava de coadjuvante inofensivo. Até tentava atacar com inteligência, rapidez e plasticidade técnica, mas não tinha espaços para criar e penetrar de forma letal. Só ameaçou duas vezes.

Defensivamente, o time de Gilson Kleina  deixou a desejar ainda mais, porque foi complacente na marcação e deu espaços para o São Caetano trocar passes e  contragolpear em velocidade.

Sem dúvida, taticamente foi o melhor primeiro tempo do São Caetano em todo o campeonato, com Marcelo Veiga dando o chamado nó em Gilson Kleina.

Estranho, no entanto, foi Marcelo Veiga imaginar que o Palmeiras voltaria para a segunda etapa  com a mesma postura. Se pensasse mais, teria um antídoto para colocar em prática logo de cara, quando percebeu que a vaca estava a caminho do brejo. De novo!

Mas não! O Palmeiras voltou com melhor posicionamento, eficiente ocupação dos espaços defensivos e sem medo de adiantar a marcação, pressionando a saída de bola do São Caetano.

O rolo compressor do ousado Palmeiras, ainda com três atacantes mas com mais atitude,  deu resultado logo aos 10 minutos, quando Alan Kardec fez um golaço depois de superar cinco adversários e bater na saída do goleiro Rafael Santos.

Quatro minutos depois, o zagueiro Henrique, que antes já desperdiçara boa oportunidade,  fez o segundo gol. Após cobrança de escanteio da direita e falha de marcação, o capitão bateu firme, de pé esquerdo.

Em vantagem, o Palmeiras manteve a redução de espaços mas reduziu o ritmo ofensivo. Desacelerou.  Já o São Caetano perdeu a velocidade e o sentido de penetração. Nem mesmo a entrada de Siloé no lugar de Geovane, aos 24 minutos, mudou a situação.

Cauteloso e inteligente, Gilson Kleina trocou o 4-3-3 pelo 4-2-2-2 ao substituir o atacante Ananias pelo volante Marcelo Oliveira, que, ao lado de Márcio Araújo, deixou para Weslley e Mendieta a obrigação de encostar em Alan Kardec e Leandro.

Acuado pela situação, pelos últimos resultados e pela ameaça de demissão, Marcelo Veiga trocou o volante Moradei pelo meia Éder. O 4-3-1-2 (ou 4-3-3) se transformou em 4-2-2-2 quase inócuo.

E no final em 4-1-2-3, com a entrada do centroavante Jael no lugar do volante pela esquerda, Pirão. Para evitar surpresas, Kleina respondeu com outro zagueiro ( André Luiz) no lugar do cansado Leandro.

O 5-2-2-1 foi tão curto quanto providencial, mas por pouco o Verdão não sofreu o empate nos acréscimos, quando Éder exigiu boa defesa de Fernando Prass. Pelo primeiro tempo, até que merecia. Como deixou de jogar no segundo, não adianta reclamar.

Demissão de Marcelo Veiga talvez não seja suficiente. Caso é, comprovadamente, emocional. Já que o Azulão não toma jeito, que tal um bom psicólogo?

  

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