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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Cama feita para Marta Sobral

Sinto, sinceramente, que a cama está feita para Marta Sobral, rotulada de diretora de Esportes da Prefeitura de Santo André.

Particularmente, nada contra a pessoa e a ex-jogadora -- das boas, por sinal -- de Santo André e da Seleção Brasileira de Basquete. Seu estilo guerreiro deve ser respeitado e seus títulos reverenciados.

Porém, que fique bem claro, aqui, quem está sob avaliação é a dirigente Marta Sobral. E aí a roda pega! Em sete meses à frente do Departamento de Esportes a ex-pivô tem sido decepcionante.

Dizem, os mais chegados, que Marta consegue ser pior que seu antecessor, Almir Padalino, o protegido do então prefeito Aidan Ravin. Se for assim, Marta não empata com ninguém. Lamento!

Em quadra, foi brilhante. Fora, faltam-lhe experiência e conhecimento como gestora das coisas da política e do esporte.  Prefeito Carlos Grana acertou ao escolher alguém do esporte, mas, pelo jeito, o tiro saiu pela culatra.

Apesar da personalidade aparentemente forte, em momento algum Marta  deu a cara pra bater. Não mostrou serviço e ainda se omitiu em momentos cruciais. Como na suspensão das aulas no Nanasa -- Núcleo de Apoio à Natação Adaptada de Santo André.

Pessoas com deficiência ainda estão a ver navios porque a Prefeitura, no caso representada por Tiago Nogueira,  anunciou, trombeteou, mas não fez nada. A força-tarefa não passou de conversa fiada pra boi dormir.

Marta ganharia uma secretaria mas está prestes a perder oficialmente uma diretoria -- basta pedir o boné -- porque não mostrou empenho nem competência diretiva para mudar situações delicadas. Uma delas a crônica limitação orçamentária dedicada ao esporte nos últimos 12/13 anos.

Dizem, também, que a moça -- que prometia valorizar a base e ir de porta em porta e ao governo federal à caça de patrocinadores -- andou fugindo da raia quando foi pressionada pelos dirigentes do futebol amador. Teria se escondido para não encarar  a situação (falta de verba). Não quis nem conversa.

Como também não quis muito papo e ignorou o pessoal que foi aos Jogos Regionais de Barueri e voltou com o honroso terceiro lugar, o que  leva a cidade de novo à elite dos Jogos Abertos, agora, sim,  pela porta da frente.

Atletas, especialmente  do basquete, do handebol, do judô e do futsal, tiraram leite de pedra. Mas Marta não deu a mínima. Além de não aparecer para apoiar os representantes andreenses, deu de ombros ao ser comunicada sobre a, pelas circunstâncias desfavoráveis, bela colocação.

Informada por e-mail, teria respondido com um "OK". Tão seco quando irresponsável para quem viveu o esporte de forma plena e ainda hoje se envolve com importantes programas sociais. O que é louvável, diga-se.  Isso é coisa de ex-atleta, respeitável Marta?

Por isso tudo, e muito mais, a cama está feita. Agora o Esporte está, de fato e de direito, sob responsabilidade direta do secretário de Gabinete. Tiago Nogueira não tem intimidade com o segmento esportivo, aposto,  mas está grudado no poder maior. É vizinho e amigo do rei!

Exatamente uma articulação política imprescindível mas desprezada por Marta Sobral. Uma pena! Por decreto, o prefeito alterou a gestão do Esporte. Oficialmente, não cortou a cabeça da temperamental e bela pivô. Mas, pra bom entendedor, colocou a prêmio.

Tiago Nogueira, o ex-vereador Carlinhos Augusto e outros para-quedistas devem ficar com as rédeas do setor. Também é possível que Marta esteja  sendo emparedada, escanteada,  para se limitar ao Lazer ou ser forçada a pedir demissão.

Políticos que desconhecem a realidade e os meandros do Esporte na cúpula ou cama feita e caminho aberto para o retorno de Celso Luiz Almeida, que já comanda, de fato, as ações relacionadas ao futebol e ao Estádio Bruno Daniel.

Não faltam a Celso Luiz informantes estratégicos dentro da Prefeitura. Assim como,  jamais lhe faltaram empenho, experiência, conhecimento, jogo de cintura e comprometimento com as coisas do Esporte.

Hoje presidente do Esporte Clube Santo André, o conhecido e quase sempre flexível Celsinho já  ocupou, com competência, o cargo de diretor de Esportes nas administrações petistas de Celso Daniel e João Avamileno.  Não beirou a perfeição, mas não decepcionou. Dos últimos, foi o melhor.

Agora, resta à diretora -- ou ex? -- vir a público para esclarecer e opinar com clareza sobre a anunciada rasteira. Tem personalidade e, como atleta, currículo e história para, se for o caso, meter a boca no trombone. Basta querer!

Só pra terminar: por que, de repente, o Esporte vira prioridade nas declarações do prefeito Carlos Grana? Estranho! Ultimamente, nem respeito o Poder Público lhe dedica. Tem sido mera moeda de troca político-partidária.  Por isso o cheiro de balela!

Então, por que não oferecer, se é que interessa,  respaldo a Marta Sobral? É mais fácil induzi-la ou entregá-la aos leões. Lamentável para um esporte que já serviu de espelho para o país inteiro.

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