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sábado, 29 de janeiro de 2011

O fim de um campeão?

A notícia pegou muita gente de surpresa. Campeoníssima de Jogos Abertos e Regionais entre tantos outros títulos, São Caetano acaba de anunciar a redução do investimento no esporte.

Afinal, o que será que, de fato, está por trás da atitude da Prefeitura comandada por Auricchio? Por que, depois de tanto tempo no topo do esporte estadual e nacional, a cidade abre mão da visibilidade proporcionada por conquistas inesquecíveis? Por que abrir mão de parte de uma política pública vitoriosa?


Será que São Caetano se cansou de atropelar a todos, vizinhos ou não, sem encontrar adversários à altura? Será que ganhar perdeu a graça e o secretário Mauro Chekin resolveu promover a igualdade entre os povos do esporte?

Talvez! Afinal, a redução do investimento em R$ 1,5 milhão -- mais de 10% do total -- pode fazer com que outras potências ao menos tenham o direito de sonhar com os primeiros lugares. Mas não acreditem que São Caetano vai deixar de disputar titulos.

Dizem que os homens do esporte resolveram investir mais no comunitário, na ação social. Mas São Caetano já fazia isso, além de valorizar o alto rendimento. Não entendi. Não cola!

Há, também, quem afirme que o corte é passageiro, que não passa de um recuo estratégico para depois chamar de volta apenas quem realmente interessa, quem ganha título e ainda tem futuro.

Nesse caso, os antigos campeões estariam sendo descartados. As promessas voltariam a ser contratadas no momento oportuno. Gorduras estariam sendo queimadas.

Também existe uma corrente, forte, por sinal, que acredita que a atitude do prefeito foi tomada para que os investimentos sejam redirecionados para o setor da saúde. Como se esporte, como qualidade de vida, não fosse ferramenta da saúde, da educação, da inserção social, do combate à violência e da empregabilidade.

No caso, um megacomplexo hospitalar seria a razão principal do sacrifício esportivo. Várias pastas teriam que ceder seu quinhão para favorecer a saúde. Desde que o megacomplexo não signifique mais uma mina de ouro para políticos se locupletarem às custas do dinheiro público.

Possibilidades à parte, o que interessa é que a atitude de São Caetano pode até ser questionada, porém,principalmente porque muitas cabeças e empregos rolaram. Para mim, não soa como o fim de um município campeão. Mesmo sem algumas modalidades tops, São Caetano ainda investe alto e tem muita lenha pra queimar. Mas lógico que pode perder a hegemonia.

Em termos esportivos, São Bernardo deve estar bem perto de São Caetano, mas Santo André ainda fica bem distante. Quem sabe agora os três briguem em condições de igualdade!

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