São Caetano perdeu de 3 a 0 em Recife e cada vez mais depende de verdadeiro milagre para se livrar da Série C.
Com apenas oito vitórias, 31 pontos ganhos e medíocres 31,3% de aproveitamento, o Azulão só não entrega os pontos porque se apega à matemática. Bola, não tem mostrado.
Particularmente, repito: não acredito; é viola no saco. Teria de ganhar entre 12 e 14 pontos dos 15 restantes a disputar -- América Mineiro em casa, Boa fora, Joinville e América de Natal (C) e ASA (F).
Adversários não significam nenhum assombro, mas o São Caetano também não assusta ninguém. De novo, ontem, foi assim diante do Sport, cada vez mais próximo do acesso.
Proposta de ganhar no contra-ataque não foi totalmente equivocada. Faz faltaram tática, execução e competência ofensiva diante de adversário nascido para atacar mas sem qualquer comprometimento defensivo.
Em casa, diante de 23 mil torcedores, o Sport se apresentava num 4-3-3 ousado, com raríssimas variações para um 4-4-2 mais conservador.
Além disso, pouco se preocupava com a proteção aos zagueiros internos. Tanto que o lateral-direito Patrick mais parecia ala/ponta e Rittiery era tudo, menos volante.
Defensivamente, o time de Geninho era uma peneira, uma cratera. Só que, ofensivamente, o Azulão ficava a dever. Pintado optou por um 5-2-1-2, já que, na prática, o volante Fabinho foi escalado como central.
Como os laterais não subiam, para ao menos transformar o time num 3-5-2 mais consistente, nem jogava em bloco mais à frente, o São Caetano dava espaços às investidas de Patrick e às flutuações de Marcos Aurélio, Lucas Lima e Felipe Azevedo.
Neto Baiano era o pivô. E foi exatamente dele o primeiro gol do Sport. Ele dominou levantamento no peito à frente de Ricardinho e às costas de Luís Eduardo e concluiu forte, de pé esquerdo.
Além do gol, o time pernambucano ainda chegou duas vezes com perigo, enquanto que o São Caetano ameaçou com Cassiano Boddini, Marcelo Soares e Wagner.
Azulão voltou para o segundo tempo tomando a iniciativa e em cinco minutos criou duas boas oportunidades de marcar, com Marcelo Soares e Wagner. Magrão fez bela defesa, salvando um Sport desconcentrado.
Mas, em seguida, Patrick assustou pela direita e aos 10 Neto Baiano fez 2 a 0, de cabeça, ao aproveitar cruzamento -- de novo Patrick -- e falha de Wagner, que olhou mais para a bola.
Azulão sentiu o gol, mas nem assim Pintado não trocou o cuidado pela ousadia. Aos 14 minutos, substituiu Marcelo Soares por Paulo Henrique -- seis por meia dúzia, quando já poderia abrir mão do terceiro zagueiro.
Seis minutos depois, sim, trocou o zagueiro Wagner pelo meia Danilo Bueno. Mas nada mudou porque dois minutos depois Geninho sacou o artilheiro do jogo e colocou o zagueiro Pereira. Em seguida, sem mais opções ofensivas no banco, Pintado fez entrar o volante Anselmo no lugar de Éder.
De novo 4-3-1-2. Pra quem perdia de 2 a 0 e precisava pelo menos empatar, não foi a melhor opção. Tanto que o time não mais chegou com perigo ao gol de Magrão, enquanto que o Sport voltou a ameaçar aos 27 e a marcar aos 46 minutos, em belo chute de Marcos Aurélio, no ângulo esquerdo.
Deu no que deu! Resta acreditar no milagre da matemática e no olhar da divina providência. Futebol que é bom, quase nada.
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