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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Tigre e Ramalhão: sandálias da humildade

"Melhor calçar as sandálias da humildade". "Calma que o andor é de barro". "Cautela e caldo de galinha na fazem mal pra ninguém". "Respeito é bom e todo mundo gosta".

Qualquer dos ditos populares elencados acima serve para definir o momento por que passam São Bernardo e Santo André  no futebol profissional.

Com 100% de aproveitamento no Paulistão -- três vitórias em três jogos --, o Tigre lidera o Grupo C com nove pontos ganhos, os mesmos do Palmeiras no D.

Time do rio-pardense Edson Boaro ganhou do Botafogo em casa, do XV em Piracicaba e, surpreendentemente, do grande Corinthians no Pacaembu. Sem dúvida, um começo arrasador.

Porém, conforme alerta do próprio Dicinho -- seu apelido de infância, quando era meia-esquerda do nosso Benjamin -- é preciso ser inteligente para não fazer da humildade objeto descartável.

Se exagerar na empolgação, vai se esquecer de que é um time brigador, aplicado, mas sem brilhantismo técnico-tático e ainda em formação, em início de campeonato. Se vacilar, cai das tamancas, começa a perder e vai dar com os burros n'água.

Santo André fez contratações interessantes, pontuais, e também começou bem na Segundona. No Bruno Daniel,  meteu 2 a 0 no Guaratinguetá. Ótimo para  ganhar confiança e embalar. Nada mais!

Porém, não pode ser endeusado e alguém do elenco sair por aí falando em acesso. Calma que o andor é de barro. Quem sabe se possa dizer algo mais concreto depois de pelo menos oito, 10 rodadas.

Antes disso, é puro achismo. Um otimismo sem base, sem lastro. Nada de excessos, Ramalhão! Talvez baixar a bola seja a melhor sugestão pra quem ultimamente só tem levado paulada. Uma bambuzada atrás da outra. Chega, né?

Pra não dizer que não falei das "flores" nesse retorno após muito sol e muitas trilhas, o quê dizer do São Caetano, que estreou na Segundona perdendo do Itapirense de 2 a 1?

Torcedores  do Azulão que foram ao Interior soltaram fogos de artifício em direção aos jogadores e isso pode custar punição severa da Federação Paulista de Futebol.

Lógico que, pra quem tanto já conquistou em tão pouco tempo, perder na A2 não é nada agradável. Liga o sinal de alerta, mas não pode ser encarado como o fim do mundo.

Azulão tem estrutura e time para não dar vexame. Tem plenas condições de dar a volta por cima. Outro dia, após derrota na estreia, a Imprensa vislumbrou séria crise no São Paulo. E agora, após duas vitórias seguidas?

Sinal amarelo não é vermelho, pessoal! Melhor esperar um pouco antes de extrapolar no direito de espernear. Mesmo que sejam poucos.

Para o bem ou para o mal, todo excesso é sinônimo de arapuca.

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