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domingo, 25 de maio de 2014

Real, legítimo campeão europeu

Torci bastante para o Atlético de Madrid, mas não há por que afirmar que o forte Real não mereceu seu décimo título da Liga dos Campeões.

Lógico que o  placar  construído na prorrogação -- 4 a 1 após empate de 1 a 1 no tempo normal -- foi elástico,  absurdo até. Só que, naquele momento, o  guerreiro Atlético não tinha mais fôlego.

Também não tinha pernas. Nem cabeça. O emocional foi a zero quando Sérgio Ramos empatou o jogo aos  48 minutos, nos acréscimos.  Foi um choque para o quase campeão.

Assim como há  40 anos, o Atlético voltou a perder de quatro. Em 74 o Bayern de Munique enfiou 4 a 0. Sem choro.

O Real é  legítimo campeão porque lutou pelo empate e não precisou da ajuda do juiz para ganhar. Também achei exagero dar cinco minutos de acréscimo. Mas não é motivo para tanta choradeira.

Atlético de novo apostou num 4-4-2 blocado para defender e sem medo para atacar. Voltou a marcar ostensivamente, de forma exemplar,  e deu poucas oportunidades a um adversário que aposta no contragolpe em velocidade e nas individualidades estelares. Taticamente,  time de Simeone foi superior.

Só que, com o Real no 4-3-3, dominado no meio de campo e sem espaço, apenas o argentino Di Maria brilhou. Lesionado, o português Cristiano Ronaldo fez o quarto gol, de pênalti, mas ficou longe dos seus melhores dias. O galês Bale também marcou, mas pouco apareceu diante de Felipe Luís e Koke.

Sem mobilidade e encaixotado, o francês Benzemá foi um fiasco. Ao lado do melhor do mundo, foi engolido pelo uruguaio Godin -- autor do gol que daria o título do time de Diego Simeone -- e por Miranda, o melhor em campo mas preterido por Felipão, que optou por Henrique, do Napoli, na Seleção Brasileira.

Sem brilhos individuais nem força coletiva consistente, mas precisando empatar, o técnico Ancelotti colocou o mais ofensivo  Marcelo no lugar de Coentrão. Time foi mais à frente pela esquerda. Brasileiro deu espaços na defesa, mas participou bem das ações ofensivas e inclusive fez o terceiro gol, quando o Atlético já não conseguia nem andar.

Além de Miranda, outros destaques atleticanos foram Godin, Gabi, Felipe Luís e Juanfran. Além do conjunto operário incansável. Mesmo com a tal placenta de égua, o artilheiro Diego Costa não suportou oito minutos. Uma aposta errada. Fez falta, assim como o craque turco Arda Turan, também lesionado.

Ressalte-se a bela campanha do Atlético, o preferido do povão. Sem contestar a vitória merengue. Real Madrid é  um dos clubes mais ricos e um dos maiores vencedores do futebol mundial.    

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