Caro senhor Jilmar Tatto, secretário de Transportes da Prefeitura de São Paulo
Talvez a palavra correta seja proposta, mas desafio soa mais forte. O que não muda meu respeito pela pessoa que ocupa também as presidências da CET e da SPTrans.
Independentemente de letras e sílabas, quero deixar claro que o desafio é fruto de pura indignação. Inconformismo, decepção com a posição de funcionários do diretor do DSV, Roberto Vitorino Santos, responsável pelo deferimento ou não de defesas relacionadas a infrações de trânsito.
Explico melhor, com detalhes, antes de desafiá-los. Recebi, em julho último, duas notificações de autos de infrações do veículo Pajero TR4 Mitsubishi, prata, placas EQB-5153, em nome de minha esposa, Angela Maria Darcie.
Alegação dos agentes para os autos de infração: transitar na faixa/pista da direita, circulação exclusiva de determinado veículo, na avenida Rio das Pedras, nº 2045. Infrações teriam sido cometidas no dia 17 de junho. Uma às 6h39min e a outra às 6h40min.
Portanto, no mesmo local e no mesmo minuto o veículo foi autuado por dois agentes diferentes, provavelmente da SPTrans, comandada pelo senhor, segundo me informou um "marronzinho". Tudo conforme cópias de talonários apresentados. Com letras diferentes, diga-se. Muito estranho, diga-se! Falha ou má vontade dos agentes? Se for um carro dublê, que procurem e multem o transgressor!
Detalhes, e argumentos, caros secretário e diretor: 1) meu carro jamais esteve neste local, a não ser depois de eu receber a notificação ( fui checar in loco, onde detectei inclusive a existência de câmeras a poucos metros da ocorrência); 2) eu e minha esposa somos aposentados, moramos e trabalhamos em Santo André; 3) nestes dia e horários estávamos em nossa residência, ainda dormindo; 4) no referido horário a Pajero estava na minha garagem. Afinal, a Bala de Prata não está acostumada a sair para passear sozinha. Nem com estranhos.
Isto posto, e antes de receber a multa para pagamento de R$106, perder seis pontos na Carteira Nacional de Habilitação e entrar com recurso, ouso, com todo respeito, convidá-los a solicitar as imagens de câmeras existentes no local para confirmarem minhas palavras. Afinal, o ônus da prova cabe ao acusador. Provem!
Fica, então, respeitosamente, o desafio aos representantes do Poder Público: se vocês, ou qualquer agente ou autoridade de trânsito, provarem tratar-se do meu veículo, faço uma doação de 100 ( cem ) cestas básicas à instituição de caridade indicada pelos senhores.
Entendo como impossível, mas, em caso de comprovação, arco, obviamente, com multas e pontuações. Melhor, peço-lhes desculpas pela ousadia e entrego minha CNH às autoridades sem nem mesmo atingir o limite de pontos.
Caso contrário, o mais provável, a não-comprovação implicaria em pedido de desculpas e doação das mesmas 100 (cem) cestas básicas a pessoas necessitadas por mim indicadas.
Se for muito, podem optar por apenas três. Simbolicamente! A terceira seria doada pelo prefeito Fernando Haddad, a quem o desafio é extensivo.
Senhores Jilmar e Roberto, por favor, não me interpretem nem me queiram mal. Apenas boto fé nas minhas palavras. Pode parecer a desculpa esfarrapada de muitos mentirosos, mas não cometi tais infrações. Garanto!
Podemos registrar o desafio em Cartório. Ou os senhores não confiam na caneta, na honestidade e na competência dos seus agentes? Se confiam nos agentes, então encontrem o veículo clonado e punam o verdadeiro infrator.
Em nome da verdade e do bom senso, tenham a humildade e a coragem de aceitar a brincadeira. Me poupariam de perder tempo e entrar com recursos sequenciais. Não aceito pagar pelo que não fiz. Não é justo!
Obrigado pela compreensão. Embora não os conheça, os senhores têm o meu respeito. Afinal, errar é humano. Insistir no erro, no entanto... Espero que não sejam teimosos nem medrosos. Crianças e/ou idosos agradecerão.
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