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terça-feira, 7 de abril de 2015

Bahia: o peixe morre pela boca

Confesso ter ficado em dúvida sobre o título do texto de hoje,  referente ao vereador Evilásio Santana, o popular Bahia, do DEM.

Opção inicial era A volta de quem não foi. Depois pensei em O Esporte agradece. Não sei por que, mas acabei optando  por O peixe morre pela boca.

Ao menos foi essa a justificativa do prefeito Carlos Grana. Bahia teria falado demais antes mesmo de o convite para assumir a Secretaria de Esporte e Lazer ser oficializado e o acordo político sacramentado.

Em outras palavras, deu a impressão mesmo de Bahia ter falado demais e  brincado com coisa séria. Quer dizer, nem tanto, por tratar-se de politicagem barata com o objetivo específico de equilibrar as forças situacionistas e oposicionistas na Câmara Municipal.

No fundo, no fundo, segundo fontes íntimas do Poder Legislativo, o vereador também contou com o ovo no uc da galinha e se deu mal. O prefeito brincalhão acordou a tempo. Faria mais uma cagada.

Outra corrente da Câmara entende que tudo não passou de um balão de ensaio quando o senhor Grana acenou com a possibilidade de negociar duas secretarias -- Esporte e Desenvolvimento Econômico -- para fragilizar o chamado G-12, grupo teoricamente independente e de oposição ao Executivo.

Como o dono do poder não gostou das declarações de Bahia entre seus pares e  principalmente na Imprensa,  entendeu que retirar o convite oficioso era a melhor opção. Deu sorte! Sondagem preliminar  só fez crescer os olhos de um vereador sem papas na língua.

Tudo isso, no entanto, não muda nada no esporte da cidade. A discordância -- além de alguns conselhos ao pé-do-ouvido -- fez o prefeito acertar por acaso. Mas, infelizmente,  a Secretaria continua em estado terminal, porque nas mãos nada hábeis de Marta Sobral.

Um triste paradoxo pra quem foi protagonista na Seleção Brasileira. De basquete. Como secretária, como gestora do esporte, insisto, é um zero à esquerda.

Por culpa absoluta de mais um prefeito omisso, que usa o Esporte apenas como moeda de troca política, num desrespeito flagrante ao cidadão.

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