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sábado, 28 de novembro de 2015

O outro lado do desprezado Caminho do Sal

E aí pessoal? Tudo bem? Sei que alguns estão com saudade. Eu também. Tô de volta. Andei meio preguiçoso.

Também um tanto quanto preocupado com uma  surpreendente TVP (Trombose Venosa Profunda) sem causa aparente. Nada que uma investigação genética não esclareça possível alteração no fator de coagulação sanguínea .

Afinal, tão já  não pretendo abrir mão das minhas trilhas, das escalaminhadas pelas montanhas da vida, das corridas no Parque Central, do inesquecível Caminho da Fé, do futebol com os amigos do Primeiro de Maio e do bate-bola com o neto Victor.

Inicialmente, como leitor do DGABC "nota 10", tomo a liberdade de comentar matéria do repórter Daniel Tossato. Texto  discorre sobre o "reinaugurado" Caminho do Sal (cerca de 50 quilômetros entre a Estrada Velha/Caminho do Mar e Taiaçupeba, distrito de Mogi das Cruzes, passando por Paranapiacaba, distrito de Santo André.

Rota para caminhantes e ciclistas foi o tema -- "Caminho do Sal: rota da história no Grande ABC. Sobre a parte histórica, posso afirmar, sem medo de errar,  tratar-se de texto quase perfeito,  recheado de informações pertinentes. Uma pequena aula.

Só que existe o outro lado da moeda, conforme lembrei dias atrás em conversa telefônica com o jornalista. Sei que não gostou muito de ser questionado. Mas, salvo raríssimas exceções,  faz parte da profissão. Está no DNA da maioria. Adoram elogios.

Como  na essência da resposta o repórter  do Diário Online garantiu que o objetivo da matéria era mostrar mais uma opção da lazer ao cidadão do Grande ABC, não tive dúvidas e fiz o questionamento.

Por que  então em apenas um parágrafo, discretamente,  o autor fala da  sinalização inadequada do caminho patrocinado pelas prefeituras da São Bernardo, Santo André e Mogi das Cruzes?

Citações históricas são  muito importantes para o leitor -- aprendi muito -- , mas cadê informações sobre segurança, riscos,  manutenção permanente da rota, placas indicativas, altimetria, tipo do terreno,  tempo de percurso, atrações extras, locais de alimentação e hospedagem, além de outros detalhes complementares?

Faltou avaliar o percurso com rigidez. Faltou orientar o leitor. Faltou entrevistar e criticar, se preciso,  autoridades que adoram fazer festa na "lançamento" mas depois abandonam o "filho". Alegam falta de verba quando falta vontade.

Muitas vezes sobra incompetência. Tanto  quanto menosprezo. Como macaco-velho quando o assunto são trilhas, caminhos e montanhas,  sugeri que a matéria pudesse ter mostrado o outro lado.

Resposta pouco convincente do repórter: " Olha, cara, não vou entrar em detalhes, mas tenho o contato de todos os responsáveis. De São Bernardo, Santo André e Mogi. Mas apenas o pessoal da Comunicação de Santo André, com quem fiz o percurso  -- incompleto, diga-se -- me retornou".

Respeito, mas discordo.  É aí que a roda pega e merece questionamento. Se o  autor fez o percurso com atenção, deveria ter enumerado várias falhas e emparedado os homens públicos, os responsáveis dos três municípios.

Como já fiz o percurso completo por três vezes e já escrevi sobre o assunto aqui no blog, mantenho a sugestão  de uma segunda matéria, mais explicativa e interpretativa -- Caminho do Sal: o desprezo do Poder Público.

Volto a dizer que o contexto histórico do texto está muito bom. E me coloco à disposição do jornalista para acompanhá-lo no percurso inteiro. Só não vou de bike nem de moto

Prefiro a pé. Se for de 4x4,  exceção é a trilha malcuidada logo após o pesqueiro Pedrinhas. Mato, lamaçal e desova de carros roubados e incendiados. Com certeza o repórter não passou por lá. Nem chegou ao distrito de Quatinga. Então fica o convite.

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