Cássio; Zé Maria, Domingos da Guia, Gamarra e Wladimir; Neto, Rivellino, Luizinho e Sócrates; Marcelinho Carioca e Cláudio. Não precisa de técnico.
Pra vencer o Palmeiras e depois se livrar do vexame do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro, o Curíntia dos meus sonhos já está escalado. (Rsrs).
Pouco me importa se daqui a pouco o meu time voltar da Argentina eliminado da Sul-Americana pelo Racing. Que se lasque! Só não pode cair. Entre o possível título e a salvação, fico com a segunda opção. Sem qualquer dúvida.
Zé Maria, raça
Wladimir, longevo, 806 jogos
Ou alguém acha que esse timaço, exageradamentee ofensivo, cheio de craques e equilibrado com guerreiros que suavam sangue até em jogo-treino, teria dificuldade pra ser campeão paulista, brasileiro, sul-americano e até mundial?
Bons tempos! Saudade de cabras, que, acima de tudo, respeitavam e honravam o manto alvinegro em qualquer situação. Desses, só não vi jogar ao vivo, como profissional, a lenda Domingos da Guia, o Divino Mestre -- pai do craque Ademir da Guia, icônico meia-esquerda das academias do Palmeiras -- e o endiabrado meia-atacante Luizinho, o Pequeno Polegar, que fez 608 jogos pelo Timão e um dia, dizem sentou na bola pra humilhar o São Paulo.
Ah, também só vi ao vivo o centroavante Cláudio Cristóvam Pinho, no campo do Rio Pardo. Eu tinha uns 12 anos quando os veteranos do Curíntia jogaram duas vezes em São José. Em campo, um tapete cuidado pelo seu Zé, o ataque dos 103 gols no Campeonato Paulista de 51: Claudio, Luizinho, Baltazar ( o Cabecinha de Ouro), Rafael, Simão, Carbone, Mário...
Confio na história de uma paixão. Mesmo sem acompanhá-los de perto, in loco. Luizinho era malabarista, mágico, ousado, debochado e encarnava a mística da camisa de um bando de loucos.
Quanto a Cláudio, como deixar de fora do time dos sonhos o famoso Gerente, um artilheiro histórico, com 306 gols em 551 jogos. Ronaldo Fenômeno fica no banco de reservas, sim senhor. Jogou pouco tempo por aqui.
Dos demais, pouco preciso falar. O gigante Cássio ainda está na ativa. Fez 712 jogos e deu muitos títulos à nação alvinegra. É o segundo jogador que mais atuou pelo clube. Perde apenas do regularíssimo lateral-esquerdo Wladimir, com 806.
Na direita joga o Super Zé. O apelido Deus da Raça é do rio-pardense Rondinelli, ídolo do Flamengo, mas Zé Maria esbanjava garra, vitalidade e determinação, características raras no elenco atual. Defensivamente, dois dos melhores laterais que eu vi jogar.
O Coríntians do meu tempo nunca teve grandes zagueiros internos. Luiz Pereira tinha o DNA do Palmeiras e jogou pouco. Domingos da Guia teria o paraguaio Gamarra como companheiro. Mesmo sem tanto corpo, antecipava, marcava e cobria com maestria. Não precisava dar pontapé.
Com zagueiros e laterais plantados, meu meio- campo não teria cão-de-guarda. Só ídolos e craques. Neto, Rivellino, Sócrates e Luizinho, todos artilheiros. Rivellino, pra mim, o maior de todos, ídolo de Maradona, e Sócrates, foram gênios.
Marcelinho Carioca e Cláudio completam um time versátil, criativo e impetuoso. Um time pra meter medo em Real Madrid, Manchester City e cia. Um time com três cobradores de falta excepcionais: Neto, Rivelino e Marcelinho. Um time pra ganhar sem atropelos pelo menos 10 dos 21 pontos em disputa e escapar da degola. Com 45, escapamos. Mas o time dos sonhos não é real. Portanto, acordemos!
Se depender de Fagner, Matheuzinho, Cacá, Félix Torres, Hugo, Matheus Bidu, Charles, Gustavo Henrique, Pedro Henrique, Ryan, Bidon, Pedro Raul e Ramon Diaz, é melhor rezar, rezar e rezar. Time fraco! Técnico fraco!
Ops! Jogo com Racing vai começar em 25 minutos hora. Sem favoritos. Cheiro de novo empate e decisão nos pênaltis. Se nossa defesa não entregar. Sem expulsões e sem tomar gol prematuro.
Vai Curíntia!!!
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