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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Azulão e Ramalhão de olho na elite

Minhas caminhadas e corridas no Parque Central quase sempre rendem oxigênio, resistência, força,  reflexão, distração e socialização.

Rendem também discussões saudáveis, questionamentos, lamentos, dores, suores, críticas e informações.  Sobre vários segmentos, diga-se. Nada de  limites e amarras esportivas.

Hoje cedo, por exemplo, caminhei um pouquinho ao lado do "Corintiano". Não sei seu nome, mas sei que é gente boa. Está bravo, lógico, com o seu Corinthians. Como eu.

Desta vez não falamos de Tite, nem de Pato. Nem de Libertadores. Tampouco de rebaixamento. Surpreendentemente,  assunto foi o Santo André que disputa a Série A-2 do Campeonato Paulista a partir de 26 de janeiro.

-- Fala aí, corintiano! Bom dia!

-- Vai Curíntia! Já Correu? Bom dia!

--  Hoje não vou correr não! Estou fora de forma pra  jogar futebol e tenho jogo à noite no Primeiro de Maio. Cadê a companhia?

-- Dei folga pra ela  -- disse, referindo-se à companheira inseparável, uma cachorrinha espertíssima.

--  Então,  hoje você vai se cansar mais. É ela que te puxa! -- provoquei.

Risos contidos e uma pergunta de supetão:

-- Será que o seu Santo André volta para a Primeira Divisão ou cai para a Terceira?

-- Sabe que eu não sei te responder. Pode acontecer de tudo! Só sei que o São Caetano, pelo elenco e pelo maior poder de investimento, tem obrigação de voltar.  Vai cair para a Série C do Brasileiro, mas no Estadual deve subir.

--   Pois é... Mas dizem que o Santo André anda devendo até as calças e não pode investir. Aí fica difícil montar time bom, né?

-- Verdade! Ramalhão deve bastante. Inclusive pra mim, pra  prestadores de serviço, pra fornecedores e, principalmente, ao Governo Federal. Culpa principal do maldito e incompetente Saged. Débitos fiscais, com impostos, são altos. Mesmo assim, no campo, tem condições de subir.

-- Como? Tem dívida e não tem time!

-- Pode sim! Se contratar certo e o técnico Roberto Fonseca acertar a mão e a tática, o time pode chegar. Especialmente se começar bem. Com várias vitórias em sequência.

-- Mas não basta começar bem. São todos contra todos em 19 rodadas. Sobem os quatro primeiros e caem os quatro últimos. Sem quadrangular!

-- Eu sei. Mas essa fórmula de disputa impõe jogar para vencer, sem especular.  Ficar em quinto ou oitavo não resolve nada. Por isso é importante acertar o time e começar bem. Ganhar 10 pontos nas cinco primeiras rodadas seria muito bom. Motivação pura. O time embalaria. Se perder seguidamente, aí complica.

-- Verdade! Não dá pra ficar em oitavo e esperar o mata-mata. Sobem os melhores e caem os piores. É mais justo! Quem são os seus favoritos?

-- Calma aí, corintiano! Nessa eu não entro. O São Caetano tem  obrigação de subir. Dos outros, não posso falar. São vários clubes tradicionais e outros novatos. Já pensou se pinta um novato forte e o Ramalhão vai para a Terceirona?

-- Aí já é demais, né? É possível? O Santo André está tão mal?

-- Não sei. Tudo pode acontecer. Estávamos na Série D nacional e agora precisamos reconquistar a vaga. Se não jogar pra valer, pode, sim, cair. Afinal, conhece o caminho como a palma da mão.

-- Não entendi?

-- O Santo André é especialista em queda livre. Com qualquer fórmula de disputa, é um verdadeiro para-quedista.

-- Entendi. Então, é bom você rezar em dobro.

-- Por que, em dobro?

-- Pelo nosso Curíntia e pelo seu Santo André. (rsrs)

-- Verdade! Cara, já deu minha hora. Vou curtir minhas paixões.

-- Quem? O Curíntia e o Santo André?

-- Não! Meus netos, corintiano, meus netos. Tchau!

-- Tchau! Vai com Deus. Dá um abraço naquele pequeninho que eu vi, viu, com a camisa do Palmeiras.

-- Obrigado! Com seis anos, o Victor ainda não sabe se torce pelo Palmeiras do pai, Danilo, ou pelo Corinthians do vô Raddi. Que Deus o ilumine! Qualquer opção será respeitada.

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