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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Handebol da Metodista perto do octa

Metodista/São Bernardo e Concórdia se enfrentam na grande decisão do título da Liga Nacional de Handebol Feminino.

Com investimento à altura, estrutura invejável e competência exemplar, dentro e fora das quadras, da base ao alto rendimento, a heptacampeã brasileira tem amplas condições de triunfar novamente amanhã à noite em Cabo Frio.

Ninguém ganha nem perde de véspera, mas a Metodista é, sim, favorita. Embora invicta no campeonato, Concórdia venceu mas apresentou flagrantes oscilações táticas e técnicas nas semifinais contra Santo André.

Campeã de 2012, a Metodista foi mais consistente, inteligente e competente nas duas vitórias diante de Blumenau. Se jogar tudo que pode, sem possível recaída técnica ou emocional,  time de Eduardo Carlone volta como octacampeão.

Nos jogos de volta das semifinais, ontem à noite, a Metodista fez 22 a 19 (12 a 8) diante de Blumenau, enquanto que  Concórdia, a vice-campeã do ano passado, superou Santo André por 23 a 20 (10 a 11). 

Os finalistas poderiam até perder em função das vantagens na primeira partida, mas voltaram a reunir méritos para vencer. Concórdia teve mais dificuldades, já que desta vez o time de Rubens Piazza -- sem patrocínio e com orçamento limitado --  marcou melhor e não se precipitou tanto no setor ofensivo.

Especialmente no primeiro tempo, Santo André defendeu -- 5/1 --  com determinação e atacou de forma sustentada, sem acelerar em momentos impróprios. Tanto que chegou a livrar três gols ( 11 a 8 ) e deu a impressão de que conseguiria reverter a desvantagem.

Só que Concórdia voltou para o segundo tempo com outra postura. Melhorou a marcação (principalmente sobre Aline e Audi), diminuiu os espaços e contra-atacou em velocidade.

Mesmo com as grandes defesas da pequenina goleira Flávia, o time de Alexandre Schneider se impôs, abriu cinco gols e administrou até o final ( 23 a 20).

No jogo de fundo, Blumenau precisava tirar uma diferença de 10 gols, mas acabou perdendo de três. Foi menos apático na marcação, mas ofensivamente mostrou lentidão, falta de ousadia nas penetrações e de competência nas conclusões.

Já a Metodista soube administrar a vantagem, sem perder a concentração. Quando falhou na defesa, contou novamente com as boas intervenções da goleira Ariadne. Outro destaque da octacampeã nacional foi a armadora Débora Hannah, da Seleção Brasileira.

Time por time, ligeiro favoritismo para a Metodista. Missão do time catarinense é ingrata, mas não  impossível. Hegemonia pode, sim, ser quebrada. E a invicta Concórdia merece respeito.

Só não consigo entender o porquê da realização de semifinais e final em Cabo Frio (RJ), sem o calor dos torcedores de São Bernardo, Santo André, Blumenau e Concórdia.

Coisas da competente Confederação Brasileira de Handebol, a dona do evento e dos acordos com o SporTV. O silêncio de um ginásio vazio machuca a alma do verdadeiro torcedor. Imagine em decisão!

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