Afirmei, ontem, com todas as letras, que a Metodista era favorita para chegar ao octacampeonato da Liga Nacional de Handebol Feminino. Caí do cavalo! Errei!
Agora há pouco, em Cabo Frio, a ligeiro favoritismo foi simplesmente pulverizado pela invicta Concórdia. Após 14 a 12 na primeira etapa, a equipe catarinense fechou a decisão em 27 a 22.
Com méritos e sem susto! Foi o troco do ano passado, quando perdeu a final de 22 a 20. Um título inédito e que deve fazer bem para o handebol nacional.
Afinal, concordem ou não os competentes dirigentes da nossa grande Metodista, a quebra da hegemonia de sete anos significa o fim de um ciclo vitorioso e deve motivar ainda mais outras praças esportivas. Afinal, caiu o bicho-papão!
Alternando o esquema 5-1 com o 3-2-1, com a marcação individual sobre Amanda, da Seleção Brasileira, a Metodista começou um pouco melhor no conjunto, mas não tirou proveito para ampliar a vantagem.
No 6-0, com a marcação bem baixa, quase sobre a linha de área, Concórdia reagiu e chegou à igualdade em seis gols aos 11 minutos. Depois, jamais perdeu a vantagem.
Com marcação plantada e agressiva, e contra-ataques qualificados em velocidade, Concórdia chegou a abrir cinco gols -- 13 a 8 -- quando a Metodista perdeu a concentração e pecou tanto na defesa quanto nas finalizações.
Quando não errou, parou na goleira Jéssica. Reação no final do primeiro tempo só foi suficiente para reduzir a diferença -- 14 a 12 -- e dar esperanças de virar o jogo.
Mas Concórdia voltou para a segunda etapa com a mesma postura e com momentâneas variações de 6-0 para 5-1, enquanto que a equipe de Eduardo Carlone optou pelo 5-1, ainda com marcação individual sobre Amanda. No final, na hora do tudo ou nada, chegou a usar o 4-2, mas sem resultado.
A Metodista perdeu a concentração e p conjunto. Não teve a mesma consistência das semifinais e dependeu quase que exclusivamente da brilhante Débora Hannah.
Com grandes atuações da goleira Jéssica e da armadora Amanda, o máximo que o time de Alexandre Schneider permitiu foi a diferença de um gol. Prevaleceu a distância confortável e administrável de três gols ( 16-13, 19-16, 22-19...).
Nem mesmo a performance de Débora Hannah (da Seleção e eleita a melhor jogadora da Liga, enquanto que Flávia, de Santo André, foi a melhor goleira) evitou que a invicta Concórdia fechasse em 27 a 22.
Com méritos, estava quebrada a hegemonia da grande equipe de São Bernardo. O título inédito fica em boas mãos. E com um técnico que esbanja competência há muito tempo -- Alexandre Schneider.
Torço pela Metodista e por Santo André, mas, sinceramente, acho que vai ser melhor para o handebol como um todo.
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