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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O poder e o mensalinho da CBF

Mais uma vez, o  sentimento é de indignação. Quando não, de nojo, asco. Sinto vontade de vomitar. Essas pessoas não merecem meu respeito. Privilégio não se restringe a políticos.

Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin -- também político  --  acaba de confirmar que o bônus mensal de cada federação foi dobrado e passa a ser de R$ 100 mil.

No País do Mensalão do PT e de tantos outros partidos, o PAF -- Programa de Ajuda às Federações -- nada mais é que um mensalinho. Tudo para comprar a consciência e os votos dos  27 dirigentes estaduais do futebol.

É óbvio que as eleições do compadrio no ano que vem já estão bem encaminhadas. Cartas marcadas. Votos comprados. São 47 votos -- os outros 20 são dos clubes integrantes da elite nacional.

É uma excrecência, enojante. O poder e o mensalinho são irmãos siameses. Bandidos se locupletam. Por isso ninguém quer largar o poder. Os senhores feudais não abrem mão do trono. Nem do seu entorno.

Lógico que o vice Marco Polo del Nero, também presidente da Federação Paulista,  já está eleito. Portanto, tudo como dantes. De longa data. Sucessão sem oposição, de fato.

Almirante Heleno Nunes (CBD), João Havelange, Giulite Coutinho, Ricardo Teixeira -- o cara de pau  ainda está na folha de pagamento da CBF como assessor --, Marin, Del Nero... E por aí vai.

Confederação milionária, federação rica e clubes pobres, endividados, mesmo com todos os "jeitinhos" do Governo Federal para  cancelar ou minimizar as dívidas fiscais de maus pagadores.

Enfiam o dinheiro onde? Além de incompetentes, a maioria dos presidentes de clubes -- inclusive do Grande ABC -- come na mão do poder maior. Exatamente para não perder o poder, a vaga e as benesses.

Maldito ou bendito poder. Todos mamam nas tetas de um banco chamado futebol. E quase todos reclamam da falta de leite. Malandragem e incompetência mudaram de nome.

E o governo dos mil-jeitos,  mil-acertos e mil-conluios ainda enterra o pedido de CPI das suspeitíssimas federações estaduais. Depois de tudo certo, o poder maior interferiu e, em cima da hora,  alguns senadores mijaram para trás.

Nenhuma surpresa! Só mais uma decepção! Nobres políticos, não? Que Congresso é esse? Mais uma vez, a ordem é não investigar os amigos do rei.

A quem interessa? Somente aos poderosos. Esse é o país que queremos para os nossos filhos e netos?

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