Acabo de chegar de "férias". Portanto, estou por fora de tudo. Ou quase tudo! Como fiquei dois dias em Jacareí, no paraíso do Márcio e da Elaine, e mais oito em Penedo, praticamente me afastei intencionalmente do mundo.
Pra quem não conhece -- e não sabe o que está perdendo --, Penedo é distrito de Itatiaia (RJ), ali na divisa com São Paulo e não tão distante de Minas. Fruto de colonização finlandesa, Penedo é uma delícia. Pra tudo quanto é gosto.
Na parte que me toca, até vou às lojinhas e aos restaurantes à europeia -- sem contar o sorvete e o chocolate --, mas curto mesmo aquele churrasco com bom vinho em família no alto do Penedo, bem colado nas montanhas vizinhas dos picos de Agulhas Negras e Prateleiras, dentro do Parque Nacional de Itatiaia.
Muito mato, muita sombra, sol na medida certa, muitos pássaros, muita água, cachoeiras geladas, muita terra, muitas trilhas e, o melhor, muito, mas muito sossego ao lado da piscina natural e da sauna finlandesa.
O som do silêncio, o brilho incomum das estrelas e a lua (quase cheia) tão próxima chegam a ser instigantes. Fazem pensar! Fazem sonhar! A vida bem vivida é realmente uma dádiva divina.
Apenas um rádio ultrapassado nos coloca em contato com as notícias do mundo. Se não interessar, é só não ligar. Ou deixar na música gostosa da Rádio JB/Jornal do Brasil.
MPB e sucessos antigos, nacionais e internacionais, a dar com pau. Combinam com a natureza exuberante. Pra quê o bom sertanejo que tanto curto? CD pra quê? TV pra quê? Parafernálias eletrônicas pra quê?
Por isso ainda estou fora de sintonia. Não sei nada do Santo André na Série C do Campeonato Brasileiro. Ampliou invencibilidade e entrou no G-4 do acesso ou novo empate derrubou ainda mais as pretensões do Ramalhão? Se perdeu, piorou!
E o São Caetano, será que aumentou a invencibilidade pra 11 jogos e entrou no G-4 da Série B? Jogava em Ipatinga, contra o lanterna. Portanto, mesmo fora de casa, tinha tudo para confirmar ascensão nas mãos de Sérgio Guedes. Mesmo sujeito a instabilidades ocasionais, como o tempo, o Azulão sonha com o acesso.
São Bernardo está na Copa Paulista, que pode levar à Copa do Brasil. Tigre do técnico Edson Boaro, meu conterrâneo de Rio Pardo, faz do evento um laboratório para a elite estadual. Vai ser difícil chegar. Nem sei como anda.
E o meu Corinthians? Tomara que tenha voltado a jogar como campeão da Libertadores e escapado de vez da ameaça de rebaixamento ao lado do Palmeiras e do Santos. Espero, sinceramente, que os três tenham vencido nos últimos 10 dias. Quanto ao São Paulo, dou de ombros como torcedor, mas respeito sempre como jornalista profissional.
E na Fórmula-1? Torço muito pro Bruno Senna. Por causa do tio que se foi tão jovem e transformou nossas manhãs de domingos em dias comuns. Falta algo! Quanto ao Massa, acho que já deu o que tinha de dar. Espero que Fernando Alonso tenha disparado na liderança do Mundial.
Nossa! Não vejo a hora de saber o que está a acontecer em Londres. Gosto muito de Jogos Olímpicos. Tomara que nossos atletas estejam a fazer sucesso suficiente para ganharmos mais do que 16 medalhas. Com pelo menos cinco de ouro, incluindo o futebol de Neymar, Oscar, Lucas e cia.
Mesmo distante do esporte e de um sem-número de benesses/transtornos do dia a dia ( trânsito, tv, telefone, internet, políticos de ocasião, vizinho mal-educado, parente interesseiro, padeiro careiro, vendedor inconveniente, comprador egoista, médico incompetente, advogado enrolão, pedreiro mancadão, mecânico enganador, motorista irresponsável...) o descanso de aposentado foi legal.
Melhor quando os netos chegaram para fazer o final de semana da Angela e do vô babão ser ainda mais especial. Os olhos brilham, o coração perde o compasso a cada sorriso, a cada choro, a cada palavra, a cada olhar, a cada tombo, a cada leve sinal da doce existência do Victor e da Júlia.
Valeu a pena ficar por fora do mundo normal, acelerado, insensível!
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