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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Semasa na contramão

Aconteceu de novo! Ontem, às 22h45min. Em plena rua Alvares de Azevedo, no centro de Santo André. Diante do Colégio Singular. Praticamente na hora da saída dos alunos.

Sem a mínima cerimônia, o caminhão da coleta de lixo faz a conversão, saindo da Capitão Mario Flaquer, e entra na Alvares de Azevedo, na contramão, sentido clube Primeiro de Maio.

Coincidentemente, onde eu acabara de jogar futebol e pegar o carro para voltar pra casa. Levei um susto. Mas não foi surpresa! O absurdo já havia ocorrido comigo outras duas vezes.

Por puro instinto, mas de forma perigosa, reconheço, não tive dúvida. Fui e, quase na frente do Singular,  parei de frente para o caminhão. Afinal, doido ou não, eu estava com razão, na minha mão de direção, sem colocar outras pessoas em perigo.

Assustado, o motorista do caminhão meteu o pé no freio. Deve ter pensado: o que esse maluco tá querendo com esse carrinho na minha frente?

Indignado, mas consciente, o maluco só queria questioná-lo. E foi o que fiz:

-- Ei, campeão, você acha que está certo? Acha que está correto dirigindo na contramão e colocando em risco inúmeras pessoas? E olha que não é primeira vez que vejo atitude tão irresponsável. E se você bate no meu carro ou atropela alguém, como fica?

-- Não sei, senhor. Aí a gente vê, né.

-- A gente vê? É caso de Polícia. A coleta é de responsabilidade do Semasa. O Semasa sabe que o senhor faz isso?

-- Sabe sim! É ordem do Semasa. Vem de cima. Eu obedeço, senhor. E os "amarelinho" (agentes de trânsito) também deixam a gente fazer isso. Ninguém multa não. Não tenho culpa. Preciso trabalhar.

-- Campeão, você está até sendo educado, mas não muda nada o meu pensamento. Você está agindo errado, sendo irresponsável. Pode provocar um acidente grave.

-- Só cumpro ordem, senhor.

-- É sim moço. A gente faz o que mandam -- observou um jovem de uniforme laranja da equipe de coletores de lixo.

Com a palavra nossas caríssimas autoridades. Como fica? Quem assume? E se morrer alguém, quem responde? Ou, como Lula, ninguém sabe de nada que não lhe interesse ou que não signifique vantagens umbilicais?

Até quando aquele caminhão -- terceirizado ou não, não vem ao caso -- vai andar na contramão sem que alguém dê um basta? Não há justificativa. Ou vem aí mais uma sessão de mentiras, de conversa mole pra boi dormir?

Não acredito, mas se os funcionários de alto escalão do Semasa sabem o que acontece e compactuam com tamanha insensatez, tamanha irresponsabilidade, é o fim do mundo.

Tanto quanto possível anuência dos "amarelinhos".  Os agentes de trânsito devem cumprir a lei. Não importa se o veículo presta ou não serviço ao Poder  Público ou a uma autarquia municipal. Qualquer cidadão comum, como eu, seria punido. Então...

Não confio no prefeito Carlos Grana, mas ainda não tenho por que desconfiar da competência e da credibilidade do superintendente do Semasa.

Se é que o comando não mudou, Sebastião Ney Vaz deve se ver naquela situação do lateral que está levando bola nas costas e não tem zagueiro nem volante pra cobrir. 

Caro Ney, o nome do Semasa foi citado. Talvez você não se lembre de mim, mas fica meu voto de confiança. Espero, portanto, que  determine investigação e avalie com rigor as informações e a conduta dos funcionários. Ninguém me contou. Aconteceu comigo, Ney. De novo!

Já, se o pessoal do Trânsito faz mesmo vistas grossas para a imbecilidade talibanesca, que o diretor Epeus Monteiro e o secretário Paulinho Serra tomem as atitudes cabíveis.

Se qualquer um dos citados, inclusive o prefeito, tiver alguma dúvida, basta passar na Álvares de Azevedo, entre 22h e 23h. Em dia de coleta, lógico!

Pago pra ver! De novo, fica o desafio aos homens do poder. Afinal, o assunto não é o  esquecido propinoduto; é apenas um simples "caminhão apressado", na contramão.

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