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sábado, 26 de março de 2011

Ramalhão vence e ainda respira

O clássico SanSão, agora há pouco no quase vazio Bruno Daniel, mostrou que nem sempre a teoria se confirma na prática; nem sempre o momentaneamente melhor vence.

O ameaçado Santo André venceu o São Caetano por 1 a 0 e ainda respira. Ainda tem esperança de fugir do rebaixamento.

Os 10 primeiros minutos do clássico tiveram como tônica o equilíbrio. Inclusive nas oportunidades de gol. A do Ramalhão, com Célio Codó, de cabeça, foi mais explícita.

A partir dos 15 minutos o Azulão assumiu o comando do jogo e ditou o ritmo que lhe interessava. Liberou cuidadosamente a subida dos alas, adiantou um pouco um dos volantes (Souza) e teve em Ailton -- sempre às costas dos volantes adversários -- um armador de velocidade e constante aproximação junto aos dois atacantes.

Em oito minutos de domínio mais ostensivo, o São Caetano chegou com perigo em três ocasiões, especialmente porque a marcação do meio-campo andreense era muito espaçada, frouxa, contemplativa,até.

Não fossem a boa cobertura e o bom posicionamento dos três zagueiros do Ramalhão a coisa poderia ficar preta.

Além de dar muito espaço, o Santo André, apesar da boa movimentação do armador Aluísio, não conseguia criar nem penetrar, pois o São Caetano defendia com um bloco homogêneo ao recuar volantes e alas quando não tinha a posse de bola.

Como opções, sobraram ao Santo André dois bons arremates de fora da área, mas sem a contundência que se exige de quem está com a corda no pescoço e precisa sair para matar ou morrer.

Se o primeiro tempo tivesse de ter um vencedor, deveria ser o Azulão, um time consciente, mais arrumado e menos pressionado pela necessidade de vitória.

Santo André e São Caetano voltaram para o segundo tempo com a mesma disposição de início, alternando chegadas e conclusões de fora, mas com algum perigo.

O time de Ademir Fonseca manteve posturas defensiva e ofensiva inteligentes, além de sustentar o ritmo; o de Sandro Gaúcho acelerou e se movimentou mais, mas continuou sem criatividade e dando espaços perigosos à frente dos zagueiros.

Um risco inevitável, convenhamos. Tanto que o Azulão não tinha dificuldade de chegada à frente da área, mas falhava no último passe ou na finalização. Ameaçou com Eduardo aos 20 minutos, mas quase tomou o gol com Richely aos 25.

Mais disposto, o Ramalhão aproveitou falha de posicionamento e cobertura no setor esquerdo do adversário e abriu o marcador aos 28. Em jogada de Richely pela direita, Aluísio chutou e o desvio matou o goleiro Luiz.

Gol tomado, Ademir Fonseca desmanchou o 3-5-2 ao tirar Tiago Martinelli e tentou retomar as rédeas que já havia perdido juntamente com o ritmo.

Gol feito, Sandro Gaúcho tratou de inverter o processo: prendeu o time, se aplicou ainda mais na marcação, colocou mais um volante e só saiu nos contraataques. O suficiente para sustentar o resultado até o final.

Resultado ruim para o São Caetano, que ainda sonha com o G-8. Ótimo para o Santo André, que mantem a esperança mas continua na zona de degola.

Felizmente, para o Ramalhão, desta vez o bicho correu mas não pegou. Mas fica o alerta: ainda há três sprints finais, três batalhas decisivas contra Prudente, São Bernardo e Coríntians.

Quem for guerreiro que se habilite. Não há espaços para covardia e omissão. Força Ramalhão!

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