Depois de tantos rebaixamentos e inúmeras decepções dentro e fora de campo, parece que o Santo André está se esforçando para entrar nos eixos. Ao menos não está a pecar por omissão. Tampouco por irresponsabilidade diretiva.
A herança do Saged(d) -- Santo André Gestão Empresarial e Desportiva (Desastrosa) -- quase foi letal. A transição com cara de salvação foi conturbada por conta de um sem-número de exemplos de incompetência.
Com certeza, não foi fácil para os loucos apaixonados Celso Luiz de Almeida e Jairo Livólis assumirem tarefa tão indigesta. Sem dúvida, uma verdadeira bucha de canhão.
Um clube sem patrocínio, sem time e principalmente sem credibilidade por conta das mazelas de quem assumiu o futebol e destruiu a imagem do Ramalhão.
Dívidas trabalhistas, especialmente com o INSS, ainda são gigantescas, mas o que interessa é que o futebol está vivo. Cambaleante, capenga e fragilizado, mas vivo.
Melhor do que isso. Dá a impressão de que o aplicado técnico Roberto Fonseca e os dois caras "malucos" podem levar o Santo André a dias melhores.
A começar pela equalização das dívidas, pela condução técnica e pelas contratações. Contratações dos experientes volantes Diogo Orlando e Marcinho Guerreiro são bem-vindas. Desde que armadores, meias e -- por que não? --, laterais tenham capacidade técnica e vitalidade cavalar.
Na frente, a preferência momentânea dos treinadores é por um goleador e um atacante de velocidade. Nunes é polêmico, mas vivido, artilheiro e brigador. Pode fazer sucesso com outro goleador, mais leve, ou mesmo com um velocista capaz de ser opção de contragolpes mortais.
Sem falar que, segundo matéria do DGABC, que também está por chegar mais um reforço de peso. Calma, não é o Valter! Pode até pintar outro bom goleiro, mas os mais cotados são Neneca e Júlio César. Ambos já fizeram bons campeonatos por aqui. Só que não são baratos.
Ex-São Bernardo e Guaratinguetá, o meio campista Michel e o lateral-esquerdo e armador Renato Peixe também são rodados e donos de bom futebol. Se der liga, vai dar jogo.
Boa espinha dorsal, com perfil da A-2, e técnico de respeito significam meio caminho andado para não se decepcionar. Quem sabe o Ramalhão possa de fato sonhar com o acesso?
Só não pode é repetir a performance ridícula do vizinho e rival São Caetano, onde nomes de bom currículo decepcionaram. Por não fazer das individualidades um conjunto forte, o Azulão dançou.
Um amontoado de bons jogadores não significa nada se o comando não acertar a mão, o esquema. Se não formar um time de verdade, com opções táticas capazes de impor respeito, não resiste.
Mesmo sem grana e atolado em dívidas, o Ramalhão acredita na chegada de parceiros/patrocinadores importantes para 2014. Respaldo seria importantíssimo para reduzir déficit e montar elenco.
Se a Prefeitura participar -- sem abusos políticos e sem troca de favores duvidosos -- com a simples indicação de potenciais parceiros, a coisa fica melhor ainda. A cidade merece um time capaz. O torcedor merece voltar a sorrir e a se orgulhar.
Caminho parece bem calçado e definido. Time não é fraco não! Só não pode tropeçar logo no início do Campeonato Paulista. Ganhar e convencer de cara é fundamental como elemento motivacional. O tiro é curto. Tem de ser certeiro, na mosca.
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