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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Três balelas do DST de Santo André

Texto publicado dia 10 de dezembro na coluna Palavra do Leitor, do Diário do Grande ABC, de minha autoria.  A primeira parte, em análise e discussão.

Providências já!

"Concordo plenamente com o meu vizinho,  Adanor Quadros. Trânsito na rua Santo André está caótico. Além disso, pessoas mal-educadas estacionam na frente das nossas garagens. Quando chamado, quase sempre o Trânsito aparece para multar, mas agentes alegam não ter guincho para rebocar. Especialmente se for conhecido ou figurão frequentador do botequim  da esquina". (...)

No dia 14,  veio a resposta da Prefeitura de Santo André, por meio do DST (Departamento de Segurança e Trânsito).

"A rua Santo André é via secundária, ligando a rua Guilherme Marconi à Coronel Fernando Prestes. Ressaltamos que não há registro de problemas potenciais nessa via. Quanto ao estacionamento irregular, informamos que, independentemente do local, qualquer reclamação recebida é tratada igualmente pela CMT (Central de Monitoramento de Trânsito). A informação de que não temos guincho  disponível não procede, visto que a CMT e os guinchos trabalham 24 horas, sete dias por semana e atendem pelo telefone 0800-7703194".

Como reiterei as afirmações anteriores em nova mensagem ao DGABC mas o texto ainda não foi publicado,  tomo a liberdade de repetir, aqui, os fatos verdadeiros, para que não pairem dúvidas.

Não me interessa se a rua Santo André é secundária ou terciária. Movimentação é intensa. É, também, rota alternativa para São Bernardo e outros bairros. Vivo aqui há anos e não tenho por que mentir.

Ao contrário do constante no texto da Prefeitura, há, sim, problemas potenciais que travam o fluxo de veículos. Só não vê quem não quer,  não enxerga  ou não cumpre o papel que lhe compete como servidor público.

Sugiro reavaliação do comando, inclusive de mão e contramão, e que se cumpra o prometido há mais de oito meses, conforme escreveu o dr. Adanor. Nenhuma providência foi tomada!

Quanto ao estacionamento irregular, nem todas as reclamações são atendidas igualmente pela CMT. Vizinhos residenciais e comerciais já  presenciaram o exercício descarado do "jeitinho brasileiro", do "deixa-pra-lá", de vistas grossas com sorriso matreiro,  de "engana-trouxa", de certos agentes --  felizmente, poucos, diga-se -- quando o correto seria comparecer ao local e multar sem conversa e sem ver a quem.

Até mesmo por telefone -- conforme outro vizinho, Franklin --  já houve garantias de presença de agentes que nunca aconteceram. Especialmente nas noites de sextas-feiras e nas tardes de sábado, quando o álcool de certos frequentadores entra pela porta e o juízo sai pela janela.

Nós, da rua Santo André e da coronel Ortiz, já somos conhecidos das telefonistas de plantão. "Já sei! É da rua Santo André. Por causa do bar, né? Fica tranquilo. Logo logo eles saem". Repito: principalmente de sexta à noite e sábado à tarde.

Portanto, bem diferente do que afirma a PSA. Quando os agentes vêm até aqui, alguns motoristas são multados, outros conversam e são protegidos. Talvez até convidados para tomar uma caipirinha de banana, laranja e vodka absolut com o prefeito e outros políticos.

Quanto à terceira incoerência,  sobre a existência ou não de guinchos, outra fanfarronice, outra afronta. Se o serviço é terceirizado e a empresa contratada não dá conta do recado, que seja punida e/ou substituída. Isso não exime a PSA de responsabilidade.

 Minha informação é tão procedente quanto verdadeira Se alguém blefou ou falou como político candidato foi o servidor público de plantão.

O DST sabe, ou deveria saber, que o comprometimento profissional não é unanimidade. Um agente disse isso para minha esposa no feriado de 20 de novembro, uma quarta-feira. Um casal amigo, também vizinho e com o mesmo tipo de transtorno, testemunhou e participou do diálogo.

Fui achar o mal-educado, ligeiramente alcoolizado e cheio de desculpas dantescas, no Botequim Carioca. O nobre proprietário da Ranger prata, placas final 51, foi multado (quero acreditar) mas o agente disse, com todas as letras, que não poderia desobstruir o meu acesso à garagem porque "a Prefeitura não tem guincho".

Sugiro, portanto, que os responsáveis pelo DST e pela CMT não transmitam informações distorcidas, que não se valham de justificativas unilaterais nem de  manipulações verbais para confrontar verdades indesmentíveis.

Será que na próxima vez vamos precisar  gravar as conversas e identificar o agente público? Se o cara falou besteira, é problema dele. Pode até ser exceção, mas que aconteceu, aconteceu. Portanto, procede, sim, senhores a serviço do poder!

Resposta oficial da Prefeitura soa como muleta semântica. Como lorota, como bazófia a enaltecer serviços "padrão FIFA"! Como farsa deslavada a escamotear mazelas e irresponsabilidades de poucos.

Fica a sugestão para que o Poder Público analise a situação com carinho e isenção. A não fluidez do trânsito deve ser estudada, com alternativas capazes de minimizar o transtorno diário, especialmente em horários de pico e no meio do dia. Não vale querer avaliar durante férias escolares!

Também poderiam estudar o que acontece com aquele estacionamento próximo da Padaria Brasileira. Um veículo para pra entrar, outro pra sair e, coladinho, existe um semáforo de três tempos.

Conclusão tão triste quanto lógica: ninguém anda, trava tudo! E mais: por que não reavaliar o tempo destinado à travessia de pedestres? Os direitos de todos precisam ser respeitados.

Sugestão do dr. Adanor é que naquele quarteirão  só se permita o estacionamento de um lado. A discutir. Por que não? Meu zeloso vizinho também alerta para veículos estacionados  irregularmente na Abílio Soares. 

Deixo, ainda, um questionamento: por que "zona azul" para estacionamento pago em inúmeras  ruas próximas e até em outros quarteirões da própria rua Santo André e não aqui, coincidentemente, próximo do Sindicato dos Rodoviários?

Por que não? Quem pediu? Quem avaliou? Quem decidiu? Quem implementou?  Administração Aidan? Quem mantém? Grana? Quem se beneficia? Justificar que se trata de quarteirão com predominância residencial é piada.

Concluindo: antes de respostas sem consistência, puras balelas, venham checar!  E tenham um pingo de humildade para reconhecer possíveis erros. Quando reclamamos, questionamos, alertamos, apenas exercemos nosso sagrado direito à cidadania. Pode ou  também dependemos de licença?  
























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