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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O céu, o inferno e as estrelas

Estrelas sobem e descem no mundo do futebol. E não poderia mesmo ser diferente. A dinâmica do esporte bretão não permite vacilos, vaidades exacerbadas, negligência e antiprofissionalismo.

Os clubes-estrelas do Grande ABC fazem parte desse mundo louco. Se não, vejamos! Na elite do futebol nacional, o Santo André já esteve bem próximo do céu da Libertadores. Agora, em 14º lugar na classificação geral, está a distantes nove pontos de uma das quatro vagas. Em contraposição, periga a apenas três pontinhos do inferno da Série B.

Pra complicar, parece estar ladeira abaixo, enquanto que o adversário desta quarta-feira, em Florianópolis, vem em ascensão meteórica, embalado. Um bom momento para o Ramalhão surpreender e voltar com um bom resultado. Se perder outra, o fogo do inferno vai deixar alguém com o rabo quentíssimo.

Por outro lado, na Série B, o São Caetano melhorou bastante. Está certo que está tão distante do céu ( Série A) quanto o Santo André, com os mesmos nove pontos de diferença ( 18 para 27) para o quarto colocado. E ainda sente a coisa arder pra valer, já que um ponto do primeiro a ser rebaixado para a Série C não significa nada. Paga o preço de um início vexatório!

O detalhe é que, além de em evolução, o Azulão joga em casa, amanhã, contra o Brasiliense. Se voltar a vencer, pode respirar mais aliviado. Aí, com prazer -- porque sou, acima de tudo, esporte regional -- darei o braço a torcer, já que ainda não vejo Antonio Carlos Zago como técnico ideal. Os resultados podem me desmentir.

Já no Paulista da Segunda Divisão a grata surpresa (?) é o líder Palestra/Santo André de Sandro Gaúcho e Fábio Cassetari. Três jogos e três vitórias no Grupo 12. Muito legal! Animador! Já o Grêmio Mauaense jogou e perdeu duas vezes. É o lanterna do Grupo 10. Embora na mesma divisão, vivem situações opostas. As estruturas são o retrato mais fiel das realidades estampadas dentro de campo.

Enquanto isso, o estruturado São Bernardo começou a Copa Paulista dando a impressão de que iria longe, mas parece em queda livre. Ganhou duas seguidas, mas vem de um empate e duas derrotas. Clube de Edson Boaro e Juninho Fonseca -- ambos ex-Ponte Preta, Corinthians e Seleção Brasileira -- perdeu o prumo. E a vaga à Copa do Brasil é um sonho cada vez mais distante.

De Primeira

Off-side ( fora de jogo, impedimento, fora de área, lado de fora): não é minha especialidade, mas a cobertura política do DGABC referente a Santo André é um fiasco. Até parece que não acontece nada nos altos e nos subterrâneos do Paço Municipal de uma cidade com mais de 680 mil habitantes. Acorda, minha gente! O leitor não tem muitas opções.

Por falar em meio de comunicação, Flávio Prado abusa dos potentes microfones da Jovem Pan para deitar falação de forma descontrolada em alguns jogadores de futebol. Depois de dizer que Ronaldo não tinha condições de jogar "nem um minuto", agora vem definir Douglas como "um meia insignificante", Edu como "muito mais jogador do que Christian" -- no momento, é uma incógnita -- e que André Santos é "limitadíssimo, não joga nada". Exceção a Ronaldo, nenhum deles é ( ou foi) craque, mas ninguém é perna-de-pau. Todos foram importantíssimos nas últimas conquistas alvi-negras. Adjetivos devem ser usados com parcimônia. Respeito é bom, caro jornalista! Você desaprendeu ou acha que é Deus. como a maioria dos nossos amigos de profissão?

Off-side 2: Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo deu um show de bola domingo no Parque Central. Sou fã de música sertaneja, mas, enquanto fazia meus 12 quilômetros, foi inevitável não receber a bênção sonora do maestro Roberto Tibiriçá. Deixar de ouvir e aplaudir soaria como heresia. Uma pena, mas o público ( educado, lógico!) era de jogo do Santo André. Merecia um Pacaembu lotado em dia de Corinthians. Bravo! Bravo! Prefeitura acertou e, desta vez, o tempo colaborou.

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