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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O parque, a ciclovia, a égua e o potrinho

Concordo! Título soa mesmo como mistureba sem sentido. Como não consegui algo melhor, fica assim mesmo. O leitor vai entender.

Não é invenção. Apenas chamariz. Não é a essência do absurdo que assisti entre 17h30min e 18h05min de hoje no nosso Parque Central.

Aconteceu em plena ciclovia, ali bem próximo do campo distrital utilizado pelo Independência e provavelmente ainda pelo Unidos da Gamboa.

Junto à escada, sem a menor cerimônia, o senhor de meia-idade parecia dono do pedaço "reservado" aos seus animais. Amarrada a uma corda de mais ou menos 12m e 15cm, presa à mão do cara-de-pau, a égua lavava a égua de tanto comer.

Flores, plantas em geral e capim também serviam para saciar a fome do belo potrinho, que ainda tinha a companhia de um (a) cachorrinho (a) preto (a), cotó ( sem rabo).

Sem ironia, a cena era comovente. A beleza do trio animal faria a alegria de qualquer criança ou adolescente minimamente sensível. Porém, convenhamos, em local totalmente inadequado. Parque não é pasto público nem particular!

A ousadia do provável proprietário não foi contestada por ninguém. A jovem ficou com medo de descer a escada momentaneamente ocupada  pelos animais. " Pode descer. Eu garanto", disse o senhor de cabelos brancos puxando a corda mais para a direita.

Ciclistas e pedestres que passavam ( tirei algumas fotos com o celular, mas não ficaram boas) pela ciclovia também ficaram surpresos e foram atrapalhados, mas não aconteceu nada.

Avisei um dos guardas de plantão na "casinha" da entrada ( GCM Taíra), mas nenhuma providência foi tomada. Ao menos a julgar pela volta seguinte.

Os "ilustres visitantes", talvez satisfeitos, já estavam mais pra cima, sendo puxados tranquilamente ciclovia afora, até sair, às 18h05min, pelo portão de acesso da rua Javaés.

Não sei se nessa minha ausência de uma semana a Prefeitura resolveu permitir que o nosso parque virasse pasto, piquete, haras, hipódromo ou coisa do gênero. Pelo desfilar de incompetências administrativas, não seria surpresa.

E não havia sequer um funcionário a quem se pudesse alertar sobre o que já deveria ser obrigação. Se o Central está aberto, sugerem-se cuidados dos servidores pagos para tal.

Mais uma prova de que o nosso parque   continua sem comunicação, sem orientação, sem fiscalização e sem punição a usuários mal-educados e funcionários não comprometidos.

Se a moda pega, logo logo o bom prado do nosso Parque Central vai ser um prato cheio para vacas (e seus lindos bezerrinhos) e aliás (e  seus lindos elefantinhos). Pra quem não se lembra, aliá, elefoa e elefanta são femininos de elefante. Se é que não mudaram por decreto.

Acorda, prefeitão! Mesmo que no último minuto de um mandato a ser esquecido, bote esse pessoal pra trabalhar.

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