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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Muitos são os responsáveis pelo fracasso do Ramalhão!

"Adivinhe quem é o responsável pelo fracasso do ex-Ramalhão". Título da coluna do amigo Daniel Lima no CapitalSocial e aqui transcrito (colado, né?) é ao mesmo tempo desafiador e conclusivo.

Inigualavelmente direto e corajoso, Daniel indaga, exclama e conclui, sem meias palavras.  Riqueza de detalhes e solidez de argumentos. Por isso, bem diferente do DGABC, no CapitalSocial o  boi berra, baba, tem chifres, nome e sobrenome marcados a ferro quente.

Ronan Maria Pinto, coincidentemente, o dono do Diario do Grande ABC e do futebol profissional que um dia foi de tantos e agora é só do Saged/RMP. Paradoxalmente, o boi dominador comanda um bando de cordeirinhos travestidos de investidores.

Lógico que poucas pessoas ousam contestar a conclusão e enxergar que, nas entrelinhas do texto, responsáveis secundários são poupados, mas não esquecidos. Os argumentos são irrefutáveis, irrebatíveis. Ao menos para quem tem bom senso e não tem  rabo preso.

Confesso, no entanto, que, mesmo sem querer mitigar culpabilidade tão cristalina,  não a vejo como solitária. Sinceramente, eu não daria 100% dos votos ao todo-poderoso homem de comunicação. O mesmo que, indiretamente, lógico,  outro dia definiu uma manchete absurda e pessoal ao citar o nome de Klinger de Oliveira. Vergonhoso para o verdadeiro jornalismo!!!

Não quer dizer que o empresário, também capitão do Saged,  gestão antiempresarial, não seja o principal responsável pelos erros/omissões de terceiros. Com incompetência e isolacionismo ímpares, o D de Desportiva há muito é de Desastrosa.

Se dividíssemos hipotético universo eleitoral em 100 urnas, o nobre senhor ganharia por unanimidade em pelo menos 80%.  Se dependesse deste caipira, os outros 20% dos votos ficariam, sim,  com vários segmentos, todos com influenciáveis pelo chefão de fala mansa e perigo nos olhos.

Pelo menos 13% dos sufrágios ficariam com o Poder Público comandado por Aidan Ravin, o Prefeito Inimigo do Esporte. Como a bola pune, o prefeitão derrubou o Estádio Bruno Daniel e o troco veio na urnas. 

Mesmo em número cada vez menor, o torcedor-cidadão foi desrespeitado pela Prefeitura com uma interdição interminável devido ao não cumprimento de um TAC ( Termo de Ajustamento de Conduta) assumido há mais de dois anos junto ao Ministério Público.

Como o prefeitão ( para dar respaldo ao diretor Esportes que assumiu mas não cumpriu) entrou em rota de colizão com o dono do DGABC e do Saged, sobrou para o pobre e apaixonado torcedor. Aquele que assistiu aos jogos sobre árvores e muros.

Retaliação seria endereçada a RMP -- pelo autoritarismo, também merecidamente escanteado por outros empresários --, mas o prefeitão perdedor enxergou pouco além do nariz ( ou da barriga avantajada?) e menosprezou o cidadão andreeense. Empurrou com a barriga ( de novo, não foi difícil!) e foi levando em banho-maria, até que o Ramalhão encarasse outro rebaixamento. Merecido, por sinal!

Como coadjuvante do desastre, Aidan Ravin não está sozinho.  Os outros 7% dos votos válidos que levaram um ex-campeão a nocaute também passam, entre outros, pela omissão dos verdadeiros dirigentes do ECSA, ainda responsável jurídico por todas as dívidas e ações desastrosas da gestão. Presidente Celso Luiz de Almeida usa a prudência, a polidez, para evitar o confronto direto. Não concordo, mas respeito o amigo.

Afinal, é o nome do clube do Jaçatuba que está, por exemplo, nas ações de cobrança. Ninguém tem coragem de peitar e cobrar transparência de RMP?  Dívidas trabalhistas são altas, especialmente com o INSS. É só checar! Posso provar porque também fui vítima.

Porcentuais restantes também se dividem entre cotistas-cordeirinhos manipulados pelo senhor dos anéis e com o diretor de Futebol, aquele que, ao contrário do boi fujão, RMP, dá a cara para baterem.

Afinal, foi nosso colega Sérgio do Prado quem escolheu o técnico Claudemir Peixoto e ajudou a formar o elenco no início do campeonato. Também foi opção de Serginho jogar no gramado conhecido, mas sem torcida, em vez de aceitar o convite para jogar em São Bernardo, com o apoio dos torcedores. Poucos, é verdade, mas torcedores com alma.

Técnico Itamar Schulle acabou de chegar e não poderia fazer milagre após o desfilar de lambanças. Por isso deve permanecer. Bem diferente da maioria dos jogadores, que, como perdedores e rebaixados, já pegaram o caminho da roça e vão dar lugar a juniores sonhadores e menos onerosos. Se bem que os investimentos já eram limitados.

É bom frisar que, direta ou inderetamente, todos os segmentos citados estão controlados pelas rédeas da prepotência ronaniana. E se alguém acha que o homem vai  pedir o boné, pode tirar o cavalinho da chuva. Erroneamente, ele acha que a eleição de Grana significa garantia plena de  novos tempos. Pode perder o pasto já ralo.

Lógico que o Brunão vai passar por algumas reformas -- é o mínimo que se espera --, mas o momento não permite sonhar com arena multiuso para amanhã. Está no programa de governo petista, mas só vai sair do papel se aparecer uma parceria público-privada nos próximos quatro anos. Agora, nem pensar! Não é prioridade.

Porém, não tenha dúvidas, caro leitor: se Ronan abandonar o barco, Jairo Livólis, do ECSA, pega o leme correndo. Mesmo sabendo que o time está na Segunda Divisão estadual e na Quarta nacional e que há dívidas físicas e morais significativas.

Pra não parecer corporativista, também entendo que os editores do jornalzinho parcial( O DGABC já foi considerado o maior e melhor jornal regional do País),  por motivos óbvios, também são cúmplices do fracasso.

Por determinação superior, o Diário sempre tratou o Santo André com a suspeita competência de uma assessoria de Imprensa. Talvez, se menos parcial/omisso e mais comprometido profissionalmente, pudesse mostrar trabalho mais digno. Ah, o chefão não deixaria, né? Paciência!   Então, que cubram o Ramalhão na Quarta Divisão.

Como se vê, não se pode dizer que o Daniel exagera. O mandonismo estende seus tentáculos para todos os lados. E os cordeirinhos da Província, como define meu amigo do peito, de verdade, se encolhem de medo.

Com o perdão da palavra, um bando de cagões. Incapazes de dizer que o Santo André não é um feudo, um império sob o jugo de um rei nu. É da cidade, de todos nós! Ou não? 

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