Seguidores

terça-feira, 13 de novembro de 2012

São Caetano: como ganhar do líder Goiás?

Na briga  por uma das três vagas restantes à elite do futebol nacional, a tarefa do São Caetano é quase tão improvável quanto o grande Palmeiras se salvar do rebaixamento.

Em quinto lugar com 67 pontos ganhos e 19 vitórias, o Azulão pega o líder e já classificado Goiás no Estádio Anacleto Campanella e o ainda ameaçado Guarani em Campinas, na última rodada.

Quarto colocado com dois pontos e duas vitórias a mais, o instável e decadente Vitória vai a Joinville e depois recebe o Ceará no Barradão.

Em terceiro lugar com os mesmos 69 pontos e 21 vitórias, mas  melhor saldo de gols do que o time baiano, o Atlético Paranaense vai a Criciúma e na rodada decisiva faz o clássico contra o Paraná.

Segundo colocado e virtualmente classificado com 71 pontos ganhos e 22 vitórias, o Criciúma recebe o Atlético Paranaense e encerra participação em Florianópolis, no clássico diante do Avaí.

Além de secar os adversários e depender de combinação de resultados , o São Caetano tem dois jogos teoricamente problemáticos e precisa vencer. Neste sábado o obstáculo se chama Goiás. Simplesmente líder e, no momento, depois de início titubeante, dono do melhor futebol da Série B.

Não acredito, mas se voltar a desfilar a incompreensível apatia do jogo diante do Boa Esporte -- venceu por 4 a 2 mas não convenceu -- , o Azulão vai levar uma varada e dizer adeus ao sonho do acesso.

Se quiser mesmo vencer, além de se aplicar com extrema determinação, também não pode repetir o distanciamento setorial nem as falhas de posicionamento e cobertura do sistema defensivo, exatamente um dos pontos altos do time de Ailton Silva.

Volta de Augusto Recife,  volante de ofício e entrosado com Moradei, deve acertar a marcação de forma geral. Se isso não acontecer e os laterais não estiverem atentos aos costados, difilcilmente o Azulão escapará das estilingadas certeiras de Ricardo Goulart,  que marca pouco mas articula e chega no ataque com a mesma competência. Se Ricardo Goulart for mais participativo na marcação, voltará a chamar a atenção de clubes de primeira grandeza.

Gabriel e Wagner formam talvez uma das melhores zagas do campeonato, mas não terão vida fácil com as chegadas do menino revelado no Santo André e a intensa movimentação de Valter.

Mesmo acima do peso, o ex-jogador do Inter abre espaços, dá assistências e ainda finaliza de média e curta distâncias com bom aproveitamento. E é bom não achar que o Goiás vai ficar levantando bola para consagrar os zagueirões!

Outros perigos do rápido  e envolvente time goiano são os contragolpes e as invertidas de bola. Laterais Victor e Egídio são perigosos e devem ser marcados de perto por quem jogar aberto. Talvez Danielzinho pela direita e Éder ou Geovane pela esquerda. Vai ser complicado!

Como goleiro e zaga interna do Goiás também têm experiência e futebol de primeira, São Caetano  deve abusar da velocidade e da rotatividade. Caso contrário, vira presa fácil.

Se errar na liberação dos laterais para atacar, o São Caetano vai dar os espaços que o Goiás adora para contra-atacar. Por isso, todo cuidado é pouco. Resta ao Azulão contar com a técnica de Pedro Carmona, que sabe meter uma bola com precisão e  se aproxima do ataque com sabedoria. Se brilhar sem abusar do individualismo improdutivo, vai dar trabalho e o jogo pode ficar mais equilibrado.

Outra boa opção do Azulão são as bolas "paradas", quase sempre endereçadas por Pedro Carmona (ou Marcelo Costa) para as cabeçadas certeiras dos zagueiros Gabriel e Wagner. Jogo aéreo pode ser o fiel da balança. Exatamente o oposto do Goiás.

Expectativa é de que seja um jogo bem melhor do que o último. Os dois times são bons e saber tocar a bola sem exagerar nos chutões. Apesar dos seis gols, não gostei e discordo dos que  viram um show de emoções e intensidade contra o Boa. Os gols são enganosos!

Último jogo do São Caetano vai ser em Campinas. Guarani está em 15º lugar, apenas quatro pontos à frente do Guaratinguetá, o primeiro da zona de rebaixamento. Se o Guarani não estiver a salvo,  vencer na casa do adversário será tarefa hercúlea.

Talvez seja menos difícil ganhar do Goiás elitizado do que do bugre campineiro com a corda no pescoço. Talvez seja mais fácil escapar da varada do que da flechada bugrina.    

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário