Seguidores

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

São Caetano volta à briga direta pelo acesso

Rodada de ontem foi uma bênção para as pretensões do São Caetano na Série B. Além da importantíssima vitória de  2 a 0 em Criciúma, o Azulão contou com o empate de 1 a 1 do Atlético Paranaense com o América de Natal.

Por isso, a apenas três rodadas do final do campeonato,  o representante do Grande ABC volta a entrar diretamente na briga por uma das vagas à Série A do Brasileiro em 2013.

O Goiás empatou de  2 a 2 com o Boa Esporte, lidera com 71 pontos e está virtualmente classificado. O segundo colocado é o Vitória, que, em casa, derrotou o América Mineiro por 5 a 3 e chegou a 69.

Com 68 pontos, se vencesse o Criciúma estaria classificado, mas perdeu mais uma em casa e caiu para terceiro. Mesmo com o empate em casa, o Atlético Paranaense manteve o quarto lugar com 66 pontos e 20 vitórias.

Com dois pontos e duas vitórias a menos, o São Caetano ainda sonha com a vaga. Joga duas vezes em casa e uma fora. Nesta sexta-feira, recebe o Boa Esporte e na próxima rodada, também no Anacleto Campanela, pega  o líder Goiás.  Na última rodada, vai a Campinas encarar o Guarani.

Já o Atlético Paranaense viaja para enfrentar o ASA e o Criciúma. Na rodada final, faz o clássico contra o Paraná. Teoricamente, ao contrário do que se vislumbrava três rodadas atrás, agora a sequência de jogos do Furacão sugere maiores dificuldades.

Vitória e Criciúma, que pareciam praticamente classificados, se complicaram nas últimas rodadas. Por isso, tudo pode acontecer daqui até o final. Cinco pontos separam o segundo do quinto colocado.

INTELIGÊNCIA E APLICAÇÃO X TRANSTORNO EMOCIONAL

No encontro de um São Caetano aplicado, técnico, inteligente e com as rédeas das emoções contra um Criciúma desorganizado, apavorado e vítima de transtorno emocional doméstico, vitória do visitante mais indigesto do Série B.

Inicialmente impulsionado pela torcida e pelo sonho de antecipar o acesso com uma simples vitória sobre o quinto colocado, no primeiro tempo o   Criciuma  foi um pouco superior.

Montado num 4-3-1-2 aparentemente cauteloso para proteger uma defesa limitada, o Tigre teve mais posse de bola e quatro bons momentos de gol, contra apenas dois de um  Azulão formatado num ousado 4-2-1-3, sem Marcelo Costa.

Seguro, com boa movimentação, sincronismo dos três setores, sério no sistema defensivo e sem liberar tanto os laterais, o São Caetano tinha dois volantes e em Pedro Carmona o único meia para armar e municiar um ataque que  também ajudava no fechamento de espaços.

O gol contra de França, aos 28 minutos, quando o anfitrião estava melhor,  começou com o escanteio cobrado pelo armador. Na segunda oportunidade do Azulão, 10 minutos depois, com Danielzinho, enfiada de bola também foi de Pedro Carmona. Danielzinho passou pelo goleiro Douglas Leite mas falhou na conclusão.

O segundo tempo começou o Criciúma mais ofensivo. Com o objetivo de buscar o empate, trocou o volante Elias pelo atacante Gilmar e o 4-3-1-2 virou 4-2-1-3.

Em contraposição, o técnico Ailton Silva tentou se fechar e substituiu o inoperante atacante Geovane por mais um volante. O 4-2-1-3 virou 4-3-1-2. Só que Marcone saiu machucado logo aos seis minutos e deu lugar ao meia Éder.

Moral da história: com dois meias, o São Caetano adotou o 4-2-2-2. Com inteligência e maturidade, apostou em contragolpes rápidos, como no primeiro tempo, e na marcação incessante e quase perfeita do sistema defensivo.

Desesperado, com os nervos à flor da pele e sem poder de organização, penetração e conclusão, o Criciúma virou refém de uma infinidade de erros primários. Tanto que só ameaçou uma vez com Gilmar e poderia ter tomado o segundo gol aos 11 minutos, quando Danielzinho voltou a falhar na finalização.

Cinco minutos depois, o árbitro Leandro Vuaden deixou de dar pênalti claro do zagueiro Matheus Ferraz sobre Danielzinho. Aos 19 foi a vez de o zagueiro Wagner cabecear com perigo.

Aos 22 minutos o auxiliar técnico substituto do falso líder Émerson Leão trocou corretamente o atacante Danielzinho ( não gostou!) pelo zagueiro Bustamante com o objetivo de garantir o resultado. E aos 27 Leandrão matou o jogo ao aproveitar rebote do goleiro após chute de Éder.

Daí até o final o Criciúma apostou na correria inconsequente e ficou ainda mais pilhado. Pior, ficou órfão porque a torcida passou a torcer contra, vaiar, gritar "vergonha"  e "olé". Como se o Tigre ainda não estivesse no páreo. Tudo o quê o Azulão queria para manter as esperanças de voltar à elite nacional. 
        

Nenhum comentário:

Postar um comentário