Seguidores

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Políticos, comadres e verdades

Juro que não queria, mas na semana passada resolvi prestar um pouco mais de atenção na propaganda política. Não tenho mais estômago, mas até que foi interessante desviar olhos e ouvidos do futebol e do esporte como um todo.

Fiquei com a certeza de que preciso mesmo acreditar nos dois (?) candidatos à presidência do Brasil. Está aí o pulo do gato. Todos devemos confiar nas palavras de Lula, Dilma, Serra e cia bela.

A cada flash, uma novidade (?). Quantos subsídios! Quantas propostas mirabolantes!Quantas coisas que eu não sabia da Dilma! Quantas informações fresquinhas sobre as lambanças de Serra.

Cara, quantas acusações!Como aprendi a acreditar nos dois, sou obrigado a concluir que nem Serra, nem Dilma -- muito menos o dono do mundo, mais conhecido como Lula -- merecem meu voto.

Pelo que disseram um do outro, ou não prestam, ou são experts na arte de mentir. Se são corruptos, promessões, inexperientes, incompetentes e coisas do gênero, por que escolher um dos dois para comandar a nação?

Estou convicto de que político é mesmo um bicho estranho, exótico, até. Pena que não estão em extinção. Também fiquei com a certeza de que um velho ditado caipira, repetido pelo interior afora, está mais atualizado do que nunca. " Em briga de comadres é que aparecem as verdades".

Foi inevitável me lembrar da infância, lá na Fazenda Boa Esperança. Sá Maria e Sá Bina se davam bem, mas quando brigavam, e quase saíam na mão, sobrava acusação pra todo lado.

E eram comadres em dose dupla. Sá Maria e a seu Albino batizaram o Jair, filho mais velho do Nestor e da Sá Bina, que eram padrinhos do Zé Arthur, primogênito dos compadres italianos.

Pois é... sobravam verdades de corar o mais bobo dos meninos escondidos atrás do tronco da mangueira para ver o pau comer. As vezes eu não entendi direito, pois se xingavam como autênticos carcamanos.

Infelizmente, somos induzidos a acreditar no compadre Serra e na comadre Dilma. Tanto quanto no compadre Lula, na comadre Marta, no compadre Collor, na comadre Marina, no compadre FHC, na comadre Roseane Sarney -- filha do coronel Sarney.

Acreditemos, pois, nas duras verdades de compadres e comadres. Pena que eu não possa votar num boi chamado Gostosão ou numa mula de nome Trepadeira. Que pena! Pelo menos nunca ouvi alguém falar mal dos dois lá pelos grotões da Boa Esperança. Pena mesmo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário