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sábado, 23 de outubro de 2010

Ramalhão mandou bem

Está certo que o "se" não entra em campo, não faz gol e não defende pênalti. Mas se o Santo André do campeonato fosse 70% do de ontem à noite diante da Ponte Preta, não estaria com a corda no pescoço.

Prestes a cair para a Série C do Brasileiro, o time de Jair Picerni venceu -- 2 a 0 -- e convenceu. Foi um exemplo de aplicação, de doação individual e coletiva, do começo ao fim. Está certo que a equipe campineira facilitou tudo ao se deixar dominar por um marasmo inconcebível para uma camisa de tamanha tradição.

Diferente de outros jogos, desta vez o Santo André não oscilou tanto. Desde o primeiro minuto, o indispensável posicionamento ofensivo, saindo sempre em velocidade, foi a tônica.

Especialmente pela direita, por onde o ala Cicinho deitou e rolou. Só o treinador Jorginho, da Ponte, não percebeu o mapa da mina. Se viu, não tomou providências que resultassem ao menos no estreitamento da avenida quase sempre também utilizada pelo rápido atacante Richelli, autor do primeiro gol após outra jogada do ousado Cicinho.

Mal posicionada defensivamente, a Ponte Preta, que ainda sonha com uma vaga no G4, não encontrava forças para conter um time melhor estruturado. O sistema defensivo do Santo André também deu poucas chances para os atacantes ponte-pretanos. Marcação opressiva, até, deu resultado.

Um momento delicado do jogo foi quando o sempre instável zagueiro Douglas deu um ombrada -- pra mim foi pênalti desnecessário -- em Guilherme junto à linha de fundo e o jogador da Ponte acabou escorregando para dentro do túnel de acesso ao vestiário do time visitante.

Não é a primeira vez que isso acontece naquele local. Mais uma vez, sugerem-se providências do Saged e/ou da Prefeitura. Aquilo é um sabão. Com chuteiras, então, vira um caminhão sem freio.

Ao menos ontem, o Ramalhão mostrou atitude, disposição e arrumação tática de um time que ainda pensa em evitar o descenso. Impossível é ter certeza de que, terça-feira, fora de casa, contra o América Mineiro, a equipe finalmente conseguirá a segunda vitória consecutiva.

Momentaneamente -- agora são cinco da tarde -- o Ramalhão ocupa a décima-sétima posição com 32 pontos ganhos. Só que América-RN (29), Ipatinga (30), Brasiliense (31) e Vila Nova (35) ainda vão jogar pela 31ª rodada.

Faltam sete jogos -- 21 pontos em disputa -- para quem quer se salvar. Mesmo com a corda no pescoço, e sem folga mínima, o Ramalhão não está impedido de lutar. Se acredito? Não! Mas o imponderável costuma passear pelos campos da vida.

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