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terça-feira, 24 de maio de 2011

Azulão no 4-3-1-2?

A estréia do São Caetano na Série B do Campeonato Brasileiro não pode ser considerada ótima nem ruim. Foi boa. Apenas.

Embora tenha mais time que o debutante Salgueiro, o empate de 1 a 1 na Grande Recife foi justo. Um ponto que deve ser contabilizado como positivo.

Jogo fora de casa, contra um time que não é bobo, nunca é fácil. O Salgueiro chegou junto e mostrou técnica limitada. Mas não poupou aplicação defensiva e velocidade nos contraataques.

O São Caetano foi melhor, teve mais, organização, domínio e posse de bola, mas pecou na criatividade e na restrita gama de opções ofensivas.

Se no final do ano passado e no Paulista a equipe privilegiou o 3-5-2 (três zagueiros, três meio-campistas com dois alas e dois atacantes), na apresentação de sexta-feira foi diferente.

Embora meu amigo Daniel -- com as devidas explicações sobre variantes e poscionamentos -- veja o time no tradicional 4-4-2 ( quatro zagueiros em linha, três volantes mais um meia de ligação e dois atacantes) prefiro definir o esquema como 4-3-1-2.

A linha formada por dois zagueiros internos( Eli Sabiá e Tiago Martinelli invertidos, por sinal, como escreve Daniel) e dois laterais sem tanta liberdade ofensiva é clara. Primeiro defender!

Porém, vejo problema na formação do meio-campo. Sei que ainda é cedo e o técnico Márcio Goiano não é bobo. Mas, sinceramente, jogar com três volantes de ofício,em linha, compacta o setor defensivo mas restringe o criativo.É necessário treinar muito.

Não importa se mais ou menos marcadores ou apoiadores. Os três -- Augusto Recife, Ricardo Conceição e Souza -- são no máximo primeiro e segundo volantes que sabem tocar.

Souza, ex-Palmeiras, pode até conduzir e chegar um pouco mais, mas não arma, tem errado passes fáceis e finalizado sem pontaria. Também precisa jogar mais pro grupo e enxergar companheiros bem posicionados.

Moral da história: sem boas jogadas ofensivas dos laterais, sem chegadas de surpresa, sem triangulações pelas beiradas do campo e com a armação/interligação limitada ao bom Ailton, vai ficar difícil fazer tantos gols e chancelar o selo de time ofensivo.

Mesmo sem rigidez espartana na opção tática -- afinal, cada jogo é a uma história -- entendo que deveria prevalecer o quadrado de meio-campo. Quadrado mesmo, "de quatro vértices", com um meia de cada lado para facilitar o jogo curto, de aproximação vertical e infiltração. Sem essa de 3 + 1!

Ah, também não gostei da dupla Antonio Flávio-Nunes. Prefiro o Eduardo, autor do gol, ao Nunes, que já deu o que tinha de dar. Tanto que o time melhorou com as trocas de Márcio Goiano.

Se o Azulão vai ficar entre os quatro que sobem após 38 rodadas? Muito cedo! Com 10 rodadas fica mais fácil ver quem tem garrafa velha pra vender. Dificilmente deixaremos de disputar uma das vagas. Só se o vacilo for enorme.

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