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domingo, 8 de maio de 2011

O rio-pardense nota 10

O rio-pardense Cléber Wellington Abade acaba de encerrar a carreira de árbitro de futebol. E, contrariando minha expectativa e meu medo, o fez de forma brilhante.

Clebinho pode até ter tido algum errinho insignificante na primeira final do Paulistão, mas merece nota 10 pela importância da partida.

Considerado chamariz de raios e tempestades, de problemas e polêmicas, desta vez ele foi quase perfeito no 0 a 0 entre Corinthians e Santos.

Do primeiro ao último minuto, Clebinho mostrou o que deveria ter mostrado durante toda a carreira, pautada por altos e baixos. Daí a desconfiança geral.

Porém, para a felicidade da comunidade rio-pardense, hoje foi diferente. Por vários motivos, todos determinantes de uma boa ou má arbitragem.

Primeiro: nosso Porto Real deixou que os holofotes focalizassem estrelas como Neymar. Não chamou as luzes, nem os raios, para si.

Segundo: não perdeu a concentração num segundo sequer. Não oscilou entre bons e
maus momentos.

Terceiro: acompanhou os lances muito de perto, com atenção, seriedade e preparo físico invejáveis.

Quarto: no quesito disciplina, foi quase impecável porque controlou o emocional dos dois times, com advertências e cartões na hora e na medida certas.

Quinto: tecnicamente, Clebinho mostrou que conhece arbitragem. Pena que nem sempre tenha aplicado tudo que sabe.

Sexto: teve critérios claros para apitar faltas para os dois times. Não ficou picando o jogo a cada dividida ou reclamação.

Sétimo: foi elogiado por técnicos e jogadores, fato raro nos dias de hoje. É mais fácil transferir responsabilidades -- né, Felipão?

Quer saber? Abade foi o homem do jogo. Pau a pau com Neymar, o possesso, o endiabrado. Imaginem se ele não estivesse cansado de tantas viagens!

Quanto ao jogo em si, foi equilibrado. Considerando-se esquemas defensivos e ofensivos, domínio, posse de bola e contudência de oportunidades, o resultado foi justo.

Melhor para o Santos, que agora decide na Vila Belmiro, com apoio da torcida. Apesar do cansaço e de pelo menos dois desfalques importantes, o time de Muricy e Neymar vive melhor momento.

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