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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um título para Laís, a Grande

São 20h e 28min do dia 25 de maio de 2011. Se eu fosse a Laís, anunciaria agora o fim de uma carreira excepcional como técnica de basquete. Uma conquista para Laís. Então, pare Laís.

Se há alguém que mereça com louvor o título conquistado com a vitória de agora há pouco em Americana, esse alguém se chama Laís Elena Aranha. Todas são importantes, mas só foram tão grandes porque comandadas por ela e por Arilza.

Laís é um dos ícones do esporte nacional. É sinônimo de Santo André, sinônimo de Pirelli, de Lacta, de Arcor, de Polty. É sinônimo de esporte, de basquete.

Também pode ser chamada de armadora, ala, pivô, defesa, ataque, trabalho, dedicação, abnegação, persistência, humildade... esperança. E competência, muita competência no que faz.

Até quando briga pelo seu basquete, pelas suas meninas e por investimentos dignos numa cidade que já não respeita o esporte como antigamente. Só que, diferente de muitos, ela nunca deu as costas para a sua Santo André.

Sabem por que Laís merece tal reconhecimento? Porque faz tudo com prazer, com amor incomum. É muito mais coração do que razão. Por isso jamais abriu mão de um time batalhador do começo ao fim. De um time que se supera a partir do poder do suor, da luta infinita.

Trazida pelas mãos do saudoso Paulo Albano, Laís chegou em 64 como jogadora da Pirelli. Passou pela Seleção Brasileira e virou técnica das equipes de base da mesma Pirelli em 78.

É bicampeã nacional e depois de 16 anos volta a triunfar no Paulista. A vitória de 71a 65 sobre Americana vem coroar uma carreira brilhante. Sobram méritos pra quem sempre fez do basquete uma devoção.

Laís já anunciou a aposentadoria para o fim de ano. Mas, se a conheço bem, já deve estar de olho nas medalhas de ouro nos Regionais e Abertos.

Porém, poderia passar o bastão para sua fiel escudeira, Arilza, amanhã, logo de manhã, diante do prefeito e das meninas campeãs.

Seria a coroação, o reconhecimento a quem para por cima, como campeã estadual e nacional. Pense bem, "Gorda". Já que você gosta tanto de futebol, faça como o Pelé. Quem sabe como supervisora?

Nem precisa abandonar as quadras. Mesmo porque, elas ficariam silenciosas, vazias sem você, sem sua voz rouca, sem seus gritos, suas duras, suas reclamações, suas lágrimas e até mesmo alguns palavrões. As quadras ficariam muito sem graça sem você e sua família.

Sobre o jogo que quebrou um jejum de 16 anos? Melhor deixar pra lá e apenas resumir. Foi equilibrado no primeiro tempo. Venceu quem foi superior no segundo e mereceu. Santo André teve mais competência técnica, tática, física e emocional. Foi coração e defendeu com galhardia do começo ao fim. Bem ao estilo da guerreira Laís, a Grande.

Que no futuro o nobre sentimento de gratidão não seja ignorado quando se pronunciar o nome de Laís Elena Aranha, protagonista de uma linda história de amor ao basquete, de amor ao esporte, de amor à vida.

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