" O Aidan não faz nada em Santo André. Muito menos pelo esporte. Onde já se viu não arrumar aquela marquise do Bruno Daniel. O gramado, então, é uma vergonha! Time ruim com gramado ruim só pode dar em rebaixamento".
Ouvi a frase hoje de manhã, numa lotérica aqui perto de casa. Provavelmente, aquele senhor de cabelos brancos não leu o Diario do Grande ABC de hoje.
Porém, independentemente de ele ter ou não lido a matéria sobre a anunciada grande reforma do Brunão, não posso concordar plenamente com o desabafo. Respeito, mas não endosso.
Pela idade, provável, ele deveria saber que o estádio também já é quarentão. Como provável torcedor, ou ex, também deveria saber que o comprometimento da cobertura das numeradas é de conhecimento do poder público há mais de 15 anos.
Todos brincaram de empurrar com a barriga Vistorias anteriores foram condescendentes. Portanto, a culpa não é só do prefeito atual.
Sobrou pra ele, inclusive com direito a pressão direcionada de torcidas organizadas e da "assessoria de imprensa" de alta patente fincada do outro lado da avenida.
Aidan Ravin pegou o bonde andando e agora é éncurralado, pressionado a fazer o que outros governos não fizeram. A cidade merece? Sim! O esporte, como um todo e direito do cidadão, merece. Não só o futebol.
Só não sei se o time merece. Se é que não vai pedir licença na Federação Paulista. Também não sei se a reforma, prevista para nove meses em duas etapas, vai mesmo sair do papel.
Só acredito vendo começo, meio e fim da obra. O custo de R$ 8 milhões não é pequeno e vai sacrificar outros setores da sociedade.
Também não sei se eu investiria na reforma. O ideal -- já escrevi sobre isso -- seria uma arena multiuso, em que o futebol poderia utilizar sem monopolizar.
Eventos como shows musicais seriam imprescindíveis para manter o espaço e ainda investir em outros segmentos do esporte. Será que o trauma Menudos ainda não foi superado?
Quanto ao gramado, concordo que esteja uma vergonha. Há muito tempo o pasto não é tão mal cuidado como nos dois últimos anos.
O barato saiu caro, mas não queiram jogar a culpa nos funcionários da Prefeitura. Faltou investir com o mínimo de responsabilidade.
Porém, o prefeitão tem razão quando afirma que o Ramalhão precisa ajudar, pelo menos na manutenção do gramado. O Poder Público já cede e mantém o estádio, além de disponibilizar vários funcionários, sem nada cobrar da gestão empresarial que comanda o futebol profissional da cidade.
Nada mais justo que o Saged dê uma contribuição e se responsabilize pelo tapete verde que deveria ser qualquer gramado decente. Talvez simples permutas publicitárias. Esqueci que Série C nacional e Segundona estadual não têm TV/visibilidade. Esqueçam!
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