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domingo, 29 de maio de 2011

Encurralado, o Poder se coça

Tomara não seja necessário bater na madeira três vezes. Tomara o elogio não soe como precipitação momentânea de alguém meio chato, mas justo por natureza.

Mas parece que, finalmente, o esporte andreense começa a ser encarado com o mínimo de respeito. Encurralados, os homens da administração municipal se coçaram e responderam.

Não sem tempo, o prefeito Aidan Ravin dá mostras de que pode ser útil para alavancar projetos, programas e patrocínios.

Ao lado do supersecretário Nilson Bonome, agora o prefeitão tem vindo a público com constância. Tem dado a cara a tapa. Embora nem sempre com respostas convincentes.

Pessoas próximas do poder dizem que Aidan, mesmo sem intimidade com o esporte -- exceção ao nosso Corinthians -- tem usado seu peso como chefe do Executivo.

Prefeitão tem sido essencial nos contatos com o Governo Estadual e com empresários dispostos a configurar parcerias que alavanquem e salvem um esporte relegado a plano secundário.

Com interferência e "acertos" do Poder Público -- leia-se, Bonome --, a chegada de pelo menos três patrocinadores significa que o vôlei masculino vai sobreviver. Ainda não vai ser campeão de nada, mas não vai morrer.

Já o basquete da Laís, campeão nacional e agora estadual, tem o apoio do Semasa e está por anunciar, segundo o próprio Aidan, a parceria com a Construtora Gafisa. Semasa poderia apoiar o handebol.

Prefeitura também está a divulgar conversação com o Governo Estadual para a implantação de dois centros de excelência, de ginástica artística e natação paraolímpica. É esperar pra ver.

Intenção não é efetivação. Mas é sempre bom saber que o Poder, quando questionado e pressionado, se vê na obrigação de dar uma satisfação ao cidadão comum.


NOVA CONCEPÇÃO. E ATITUDE?

Prefeitura também anunciou durante a última semana mudança de concepção na Guarda Civil Municipal, excluindo a ROMU e privilegiando patrulhamento em escolas. Até aí, pouco a contestar. Mas é imprescindível enxergar a cidade como um todo.

Contratação de mais guardas, compra e mudança de cor de veículos, além investimento em infra-estrutura, igualmente fazem parte do pacote.

Tudo isso é importante para que o cidadão andreense tenha o mínimo de segurança. Só que nada disso terá valor efetivo se a atitude do funcionário público -- ou de quem os comanda -- não for alterada. Capacitar, motivar, liderar e cobrar.

Insisto no exemplo do que vejo nos parques da cidade. Sei que GCM não é policial. Nem pode se arvorar de xerife à caça de bandidos. No entanto, alguns deles poderiam ao menos sair da toca.

Salvo raríssimas exceções, o que acompanho bem de perto no Parque Central é uma afronta ao cidadão pagador de impostos. Não vou repetir o que acontece toda hora.Via blog, já convidei o prefeitão para dar um passeio no parque, de surpresa. Sem resultado.

Ao menos Aidan Ravin poderia chamar o secretário de Segurança e o chefe da GCM para uma conversa séria. A não ser que todos entendam que furtos de bicicleta, passeio de motos em alta velocidade na ciclovia, tráfico e consumo de drogas sejam fatos corriqueiros, normais.

Isso sem falar em carros roubados no entorno ou no estacionamento, bem às barbas de quem deveria zelar ou ao menos acionar a PM, que, por sinal tem aparecido por ali com constância.

Não me surpreenderia se os "chefes" concluíssem que os guardas civis são os únicos culpados. Afinal, estamos numa terra chamada Brasil.

Fico indignado! Custa capacitar e aumentar o efetivo local? Custa tomar providência para que o nosso potencial cartão postal não vire terra de ninguém? Não bastam a falta de comunicação, orientação, fiscalização e punição?

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