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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Vitória da mediocridade. Mas importante

São Caetano medíocre. Salgueiro mais medíocre. Futebol medíocre. E esse medíocre não é de razoável não! É de ruim mesmo. O retrato do jogo de ontem no Anacleto Campanella não poderia ser pior.

No entanto, a vitória do Azulão -- 3 a 1 com três gols de Ricardo Xavier -- diante de adversário candidatíssimo ao descenso para a Série C do Brasileiro não deve ser menosprezada.

É de suma importância para quem sai momentaneamente da zona de degola e fortalece em vez de fragilizar o lado emocional de quem se vê coagido a vencer de qualquer maneira.

Considerando-se a fragilidade do time pernambucano e o poder individual do São Caetano, deveríamos ter assistido a um atropelamento.

Não só não foi o que aconteceu como o Azulão esteve prestes perder. Tomou o primeiro gol e empatou, mas no início do segundo tempo Marcos Tamandaré poderia ter colocado o Salgueiro em vantagem mas desperdiçou o pênalti.

Foi aí que o São Caetano encontrou a vantagem em penalidade sofrida por Luciano Mandi e convertida por Ricardo Xavier. Como cachorro picado por cobra tem medo de linguiça, o técnico Vadão tratou de se proteger defensivamente.

Quando percebeu que o Salgueiro estava entregue, mexeu outra vez no time, foi novamente mais ofensivo e chegou ao terceiro gol. Mas ganhou sem convencer.

Defensivamente, o Azulão mostrou laterais -- Arthur e Bruno Recife -- excessivamente presos, limitados à marcação quando têm perfil e potencial para ousar mais. Minimamente, poderiam chegar vez ou outra ao fundo ou triangular com meias e atacantes.

O goleiro Leandro não compromete, mas o titular, Luiz, passa mais segurança. Os zagueiros internos, Domingos e Eli Sabiá, agora mais protegidos por dois volantes de contenção, ainda têm alguns vacilos, principalmente na cobertura. Parece faltar concentração, como no gol, quando Thiago Martinelli já estava no lugar de Domingos, contundido.

Os volantes Augusto Recife e Leo Mineiro deram conta do recado e tendem a se entender bem com o decorrer dos jogos. Leo Mineiro se impõe mais que Souza como volante.

Dos meias armadores, só Ailton me convence. Ainda prefiro um canhoto de ofício para cadenciar e acelerar, criar e finalizar com desenvoltura. Roger não ajuda a marcar e é muito individualista, além de meio mala e mascarado. Joga menos do que pensa. Quer ser Neymar. Um sonho distante.

No ataque, Luciano Mandi faz um trabalho interessante porque também fecha espaços pelas laterais e chega com qualidade quando ousa penetrar e concluir. Dependendo do adversário ou do momento do jogo, poderia ser meia, ao lado de Ailton.

Nesse caso, o bom Ricardo Xavier -- mais jogador que Nunes -- teria os rápidos Antonio Flávio ou Geovane como companhia. Pode até dar certo.

Moral da história: se quiser mesmo chegar aos 45/46 pontos ganhos e se livrar da degola, o Azulão precisa trocar a mediocridade de ontem pelo bom futebol de um passado não muito distante.

Os primeiros três pontos no início do returno podem ajudar na difícil caminhada.
Sonhar com o acesso não é impossível, mas a dura realidade mostra que é mais prudente evitar a queda. Quem diria?

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