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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A kombi e a linguagem dos sinais

Sábado de manhã, Parque dos Sabiás, mais conhecido como Parque Central. Antes mesmo de entrar pelo portão principal, percebi que havia bastante gente. Crianças brincando, adultos correndo ou caminhando, ciclistas pedalando em velocidade aceitável e até atletas em nítido ritmo de treinamento.

Lógico que também lá estavam pessoas mal-educadas. Daquelas que não limpam o cocozinho do animal de estimação e muito menos o cocozão do cachorro São Bernardo que mais parece um filhote de hipopótamo. Tão mal-educadas quanto alguns pescadores que sujam os lagos ou pescam onde a placa, se ainda existisse de forma integral, orientaria sobre a proibição.

Por falar em educação e orientação, as lixeiras quebradas foram repostas, mas as placas detonadas pelos maus elementos ainda dependem de atitude do Poder Público. Sem se esquecer de que é preciso repor, fiscalizar e punir, se for o caso. Nosso problema maior vem do berço e se chama educação.

Pois bem... Logo na entrada, ali no primeiro lago, percebi que uma kombi, com identificação da Coopflora/Jardinagem e Paisagismo -- contratada de Prefeitura, descia no local adequado mas em velocidade visivelmente acima do exigido. Discretamente, fiz o característico sinal com uma das mãos, sugerindo que o motorista reduzisse para não colocar os pedestres em risco.

De forma acintosa, e provavelmente proferindo algum palavrão que não consegui identificar, o distinto cavalheiro mostrou o volante com as duas mãos, como que desafiando para que eu assumisse a direção do veículo. Segui minha caminhada pista acima. A kombi, na mesma toada, desceu e ganhou a rua pelo acesso principal.

Ficaram, no entanto, algumas perguntas para quem procura exercer o direito de cidadão: a kombi não deveria sair pela esquerda, pelo portão junto à favela Gamboa? O gentleman "chofer" não deveria estar em velocidade compatível e respeitar os frequentadores do espaço? Quem orienta os condutores ou fiscaliza os veículos que adentram ao parque? Que punição as empresas recebem? Responsáveis da Prefeitura sabem que a infração também é cometida pelo pessoal da Gib/Alimentação, tanto no Central quanto no Tamoio, onde já os vi cortando caminho pelo meio do jardim para não ter de dar a volta por trás do Corintinha? E quando a conduta inadequada é dos próprios funcionários públicos, inclusive policiais militares e guardas vicis, como também já presenciei?

Com certeza, não podemos ficar por conta da linguagem dos sinais. Um alerta, um aceno, um palavrão e nada mais. Repito o aviso-cidadão: condutas, acesso e trânsito interno dos parques merecem fiscalização eficaz e contínua, além de maior atenção do governo Aidan Ravin.

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