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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Vôlei a caminho da Superliga

A se confirmarem as expectativas da rica Confederação Brasileira de Voleibol, 17 pobres clubes brasileiros devem disputar a Superliga Masculina a partir de 3 de dezembro. Lógico que nem todos são clubes, apenas times, e apenas adultos. Lógico, também, que nem todos são pobres.

O que se quer dizer, na realidade, e com clareza, é que a CBV dos campeões mundiais e olímpicos nada na grana, enquanto que a maioria dos seus filiados vive na penúria, a passar o chapéu, na esperança de parceiros que os levem a enfrentar gastos de primeira grandeza.

Exemplos não faltam. Um deles está em Santo André. E a história conquistas inesquecíveis não tem servido para absolutamente nada. Nos últimos 15 anos, na era pós-Pirelli -- um bicho-papão quase imbatível sob a batuta de capitães como Moreno e William --, o vôlei andreense tem vivido quase à mingua. Da abnegação de Marcelo Madeira, Celsinho, Gatão, Chicão e cia.

A confirmação da participação na Superliga só ocorreu ontem, na bacia das almas. Mas sem patrocínio, já que a GAC Logistics abandonou o barco e a Prefeitura vai ter de bancar tudo sozinha. Vão juntar quirelas. De novo!

Considerando-se o orçamento de 2009 já comprometido, só resta suplementar por meio do Tesouro ou remanejar verba. A esta altura do campeonato, é quase impossível. Então... é rezar para que a peça orçamentária de 2010 contemple o Esporte -- com E maiúsculo, como um todo -- com mais respeito. Pago pra ver! Torço a favor.

Em São Bernardo, tudo parece sob controle. Mas não é bem assim. O banco Santander já desistiu de continuar. Investimento está garantido só até o final da Superliga, provavelmente em maio/junho. É aí que a roda pega! Se em Santo André R$ 500 mil anuais fazem o time ficar entre os oito melhores do País, em São Bernardo o buraco é um pouco mais embaixo.

Especialistas dizem José Montanaro Júnior, o nosso grande Montanaro, também presidente do Brasil Vôlei Clube/São Bernardo -- o antigo Banespa -- calcula valor bem próximo de R$ 6 milhões anuais para bancar um vôlei de primeira linha, um pacotão da base ao adulto, com possibilidades de revelar talentos e ganhar títulos estaduais e nacionais.

A garantia é de que o prefeito Luiz Marinho e o secretário de Esportes, José Luiz Ferrarezi, estão empenhados, de fato, em conquistar parceiros que sejam capazes de manter o vôlei masculino de alto nível em São Bernardo. Estariam flertando com várias empresas. Particularmente, não acredito muito. Pura impressão.

Em se tratando de PT, nem sei se o handebol -- o feminino foi campeão nacional e o masculino caiu nas semifinais -- continuará tão forte na imprescindível parceria com a Metodista, também "sócia" do basquete. Só não podem se esquecer de que o trabalho da universidade vai muito além de títulos no alto rendimento.

Já em São Caetano, a representação na Superliga fica por conta do time "importado" da Ulbra, enquanto que o feminino disputa uma semifinal do Paulista com Osasco. Patrocínio da Blausiegel tem sido superimportante. Em São Bernardo, o time comandado por José Alexandre Devesa foi bem mas não tinha como chegar às semifinais.

Já Santo André está novamente em fase de formação. Peneiras para meninas de 89 a 95 estão marcadas para 12 de dezembro, no Dell"Antonia. O competente Guilherme vai escolher as melhores. Tomara que os Jogos Escolares não tenham sido em vão. Tomara!

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