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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Meninos, a bola pune!

O que seria de Robinho se a providência divina não lhe desse o dom de jogar futebol com tamanha desenvoltura? Sem juízo de valores, quem sabe um cientista, um traficante ou até mesmo um palhaço de circo.

E com o genial Neymar? Será que seria muito diferente? Talvez um médico exemplar ou um professor de Educação Física. Também poderia ser carrinheiro, carroceiro, pipoqueiro, muambeiro ou qualquer outra opção tão digna quanto profissional do futebol.

O maestro da orquestra santista, Paulo Henrique Ganso, deixaria de ser um dos raros armadores à moda antiga. Seria um jornalista, um escritor, um advogado, um engenheiro? Ou passaria o dia a perambular pelos faróis. a contemplar as belezas de Belém do Pará?

Tudo isso, pouco importa. O belo futebol que os meninos da Vila têm apresentado não acoberta a molecagem irresponsável que perpetraram durante a semana.

Custava entregar os ovos de Páscoa para crianças com deficiência mental acolhidas por uma entidade espírita? Uma atitude de grandeza, de amor ao próximo, deu lugar à pequenez, à mesquinhez. Não posso respeitar tal opção!

Garantem que a negativa esdrúxula foi idéia do mais velho, mais viajado, mais badalado e mais mascarado Robson. Aquele ex-menino pobre e peralta da propaganda da Volkswagen. Aquele que, quando moleque de rua -- e quem de nós não foi? -- deixava o Gol do senhorzinho vizinho todo amassado.

Pois é, senhor Robson -- e cia --, que papelão! O mundo dá muitas voltas. Muitas... Tantas quantas a própria bola, seu ganha pão. O importante não era o presente, o ovo. Custava um aperto de mão, um abraço? Simplesmente um olhar carinhoso. Independente de opções religiosas.

O mundo dá muitas voltas... As vezes o troco chega; as vezes, não. Quem sabe? Papai do céu não está de plantão toda hora. Portanto, o castigo pode chegar a cavalo, numa Ferrari ou a jato. Vai ser difícil vocês dormirem tranquilos. meninos!

A bola também costuma punir. E pune com rigor! Uma fratura, um acidente, uma grave doença pessoal ou na família. Não quero que nada disso aconteça. Porém, não se esqueça, senhor Robson, a bola rola macia e pune até mesmo quem a trata como um eterno jardim florido.

Meninos, que a proteção divina lhes seja eterna! Aquelas crianças ignoradas, desprezadas, hão de orar por vocês! Assim como para todos os outros jogadores que lá estiveram.

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