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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Yes, we can, Sérgio Obama

Sim, nós podemos! O primeiro jogo da final estadual provou que Sérgio Obama, mais conhecido como Sérgio Soares, tem um time que pode, sim, aprontar pra cima do Santos.

Para a grande Imprensa, cuja maioria esmagadora imaginava uma galinha-morta à mercê dos meninos da vila (II), o Santo André mostrou por que foi o dono da segunda melhor campanha do Paulistão, à frente dos grandes Corinthians, Palmeiras e São Paulo.

Sérgio Soares é o principal responsável pela melhor performance da história do clube. Sim, clube! Poucos torcedores imaginam que o Esporte Clube Santo André é muito maior do que o time de futebol que deu vexame no Brasileiro 2009 e nos enche de orgulho menos de quatro meses depois.

O poliesportivo fincado no Parque Jaçatuba é uma pujança desconhecida do torcedor comum. Ele só tem olhos para uma paixão chamada futebol. Faça uma visita. Quem sabe você não se apaixona?

Voltando ao jogo. O treinador não se intimidou com a força santista. Montou o Santo André a exemplo do que aconteceu em todo o campeonato. Marcação opressiva, velocidade e ousadia para agredir o bicho-papão. Até mesmo o bom segundo volante, Gil, apareceu para concluir. O nosso Santo Andre jogou sem medo. Apenas respeito.

Bicho-papão que no primeiro tempo parecia um cordeirinho. Foi engolido física, técnica e taticamente. A atitude que sobrou à zebra faltou ao favorito na mesma proporção. E não foi menosprezo não! É que o Santos encontrou um adversário à altura.

Ambos entraram no 4-4-2 ou 4-2-2-2, com uma linha de quatro zagueiros, dois volantes, dois meias no complemento do quadrado e dois atacantes. Só que o Ramalhão jogou e o Santos assistiu.

Enquadrado pelo bom técnico Dorival Júnior, o Santos voltou para o segundo tempo disposto a jogar. Com André no lugar de Neymar o time cresceu. Porém, o pulo do gato foi a liberação de Leo para atacar pela esquerda e principalmente de Wesley pela direita, às costas de Rômulo. Sem tanto pode ofensivo, Pará ficou como uma espécie de volante pela direita, liberando o polivalente Wesley para fazer do setor uma avenida sem radar. Tanto que fez dois gols.

Moral da história: o Ramalhão foi pressionado, perdeu a concentração e falhou em lances cruciais. Foram 25 minutos de domínio santista e alguns momentos de ousadia andreense. Com o meio-campo dominado e perdendo a segunda bola com constância, o Santo André tomou três gols e viu a viola em cacos.

Depois disso, o time de Sérgio Soares voltou a crescer, ameaçou e diminuiu no final, com o artilheiro Rodriguinho. Talvez o resultado mais justo fosse a igualdade, mas a eficiência dos amigos do senhor Robson falou mais alto. Se o Santos fizesse 4 a 1, 4 a 2, também não seria surpresa.

O importante é que o Ramalhão mostrou que pode jogar de igual para igual com o grande Santos. Foi um belo jogo. A decisão ainda está em aberto. Os profissionais sabem disso. Há um fio de esperança. Sérgio Obama pode insistir na tecla:"Yes, we can!". Reclamar da arbitragem, de novo, é choro de mau perdedor.

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