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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mourinho chora. E Messi joga.

Mourinho, chega mais! Isso, aqui, bem pertinho! Sem medo!

Que tal uma conversa de homem, como diz meu neto, Victor? Aqui, no "escritório" da verdade". Pode se abrir!

Cara, se toca! Você é um dos melhores técnicos de futebol do mundo. Ganha mais de R$ 2,5 milhões por mês. Tá certo que faz tipo, é marrento, mas conhece do riscado.

Então, não dá pra entender! Ou dá? Dizem que, quem não chora, não mama. Corretíssimo! Só que você já é grandinho, cara!

Deixe de ser tão falastrão e debochado! Deixe de ser tão chorão! Chora quando ganha prevendo que será prejudicado no próximo jogo. Chora quando perde, critica a arbitragem e joga a toalha. Pelo menos da boca pra fora.

Pra não fugir à regra, hoje não foi diferente. Após a justa derrota de 2 a 0 para um Barcelona sem brilho mas superior, o técnico do Real Madrid escolheu o juiz alemão como bode expiatório das próprias culpas, já que escalou mal, armou mal e trocou mal.

Tá certo que a expulsão do luso-brasileiro, e estabanado, Pepe é discutível. Não foi pra tanto. Mas não foi por isso que o Real perdeu. Ajudou, mas não determinou isoladamente.

Do começo ao fim, quem procurou o jogo pra valer foi o desfalcado time de Guardiola. Mesmo jogando em casa, o Real não equilibrou as ações, nem mesmo a posse de bola -- 71% contra 29%.

Não foi cortante, incisivo. Chegou só duas vezes com real perigo. Também não teve a ousadia dos mandantes quando o assunto é briga de cachorro grande. Ao ganhar a Copa do Rei da Espanha, Mourinho julgou-se descobridor da pólvora. Utopia! Ledo engano!

"Agora sabemos como jogar contra eles" -- diziam alguns jogadores do Real. Calma! Não é bem assim! Conseguir a marcar não significa aprender a jogar como grande. Tampouco o credencia a ganhar na Copa dos Campeões da Europa.

O Real montou esquema defensivo a partir do ataque, mas se esqueceu de que, sem bola não se faz gol. Marcou as laterais do campo, principalmente a válvula da direita, Daniel Alves. Mas acorrentou os seus laterais e ficou sem opção para chegar ao fundo.

Também povoou o meio-campo quando sem a bola. Mas se esqueceu de se movimentar, criar e agredir quando retomou o bem mais precioso de qualquer pelada. E Kaká no banco de reservas...

Por isso, mesmo sem seu termômetro -- o excepcional Iniesta -- o Barcelona foi mais time nos três setores.

Defensivamente, mesmo improvisado, com Puyol na esquerda e o volante argentino Mascherano de central, a zaga se portou bem. Destaque, novamente, para o namorado da Shakira. Piqué foi quase perfeito. Nervoso na defesa e omisso no ataque, o bom Daniel Alves foi exceção negativa. Por isso Messi também jogou menos do que sabe.

No meio-campo, Xavi foi o destaque articulador. Iniesta faz uma falta danada! Keitá se limitou à faixa esquerda do campo e esbarrou na boa marcação de Xabi Alonso e Diarrá.

Ofensivamente, mais uma vez o melhor do mundo fez a diferença. Especialmente quando teve mais espaço às costas do meio-campo do Real.Um gol e um golaço que podem significar passaporte à decisão européia.

Villa e Pedro não brilharam, mas bloquearam as subidas dos laterais madrilenhos, principalmente o brasileiro Marcelo, hoje muito nervoso.

Além da supremacia técnica e tática (a simplicidade prática de Guardiola engoliu a prepotência de Mourinho), o grande clássico mundial -- não foi o jogão que se esperava -- teve o tempero de muita tensão, bate-boca, empurra-empurra e a expulsão de... Mourinho.

Melhor para o Barça, que tem tudo para confirmar a classificação no jogo de volta, em Barcelona, e pegar provavelmente o Manchester United, que ontem, com méritos, atropelou o meu Schalke 04 em plena Alemanha.

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