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sábado, 15 de dezembro de 2012

Campeão mundial joga no 4-2-3-1

Decisão de amanhã em Yokohama tem pelo menos duas certezas: o bando de loucos vai invadir e torcer como nunca e o esquema tático que vai ganhar o título mundial é o 4-2-3-1.

Resta saber se o dono do mundo da bola será o Corinthians campeão invicto da Libertadores ou o Chelsea campeão europeu.

Distribuição numérica de ambos é semelhante, mas atuação é bem diferenciada. Tite escala quatro zagueiros de ofício, que raramente se aventuram ao ataque: Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos.

O espanhol Rafa Benitez também volta ao normal, com Ivanovic, Cahill, David Luiz e Ashley Cole. Só que aquele menino corintiano de Diadema se projeta com fluidez ( e deixa buraco nas costas) e Cole apóia com desenvoltura.  Corinthians pode atacar por ali. Quem sabe surpreender com Paulinho, Emerson...

Timão de tanta gente se apresenta com dois volantes. Ralf  é cão de guarda mais centralizado e próximo dos zagueiros internos, mas cobre os dois lados. Paulinho ajuda mais pela direita e na retomada de bola se transforma em meia-atacante. Aí o Corinthians se transforma em 4-1-3-2.

Se Paulinho for bem marcado, o Chelsea fica mais perto do sucesso. O problema do time inglês é que Mikel marca bem, tem bom passe e sabe atacar, mas o segundo volante ainda não está definido.

Ramires é mais rápido na chegada ao ataque e na recomposição defensiva, enquanto que o veterano Lampard é mais experiente e melhor finalizador.  Alguém vai ter de cobrir o setor de David Luiz e Ashley Cole.

Ultimamente, o Chelsea ter jogado com três meias de constante aproximação, velocidade, ousadia e excelente toque de bola. Juan Mata pela direita, Oscar centralizado e o belga Hazard pela esquerda. Todos quase sempre encostam no 1, Fernando Torres.

Problema é que, se a defesa não subir e os três não ajudarem na marcação, não compactarem com os volantes, o Corinthians vai ter espaço para trabalhar com  Paulinho, Danilo e Jorge Henrique, dando mais opções para Emerson, no facão pela esquerda, e Paolo Guerrero, na referência.

Entrada de Jorge Henrique significa assessoria defensiva para Alessandro conter o lépido Hazard e mais velocidade para chegar no mapa da mina. Sem Douglas, perde-se a opção daquela enfiada de bola fatal. Mas o time ganha intensidade, voluntariedade e disciplina tática. Desde que Jorge Henrique não apronte alguma molecagem. Romarinho é boa opção ofensiva.

Por isso, por respeito,  Rafa Benitez está em dúvida se escala Oscar ou o mais defensivo Moses, que entraria pela direita, centralizando Mata. O alemão Marko Marin também pode aparecer como surpresa no lugar do meia brasileiro. Sinal de que Benitez também está preocupado em não dar espaços ao time de Tite.

Se uma final de Mundial se resumisse meramente ao confronto tático, seria mais ou menos assim. Como também existem os componentes físico, técnico e  emocional, além do imponderável futebol clube, tudo pode acontecer.

Uma expulsão, uma lesão muscular,  um gol-relâmpago, uma falha individual, um  erro de arbitragem, a neve, o vento... Tudo isso pode fazer o título mudar de mãos quando uma decisão sugere equilíbrio e definição nos detalhes.

Os 35 milhões de corintianos loucos de verdade, lá representados por 30 mil invasores, só não vão admitir frouxidão, amarelão,  medo de perder.  Seria uma vergonha, um  fiasco. Mesmo que o adversário não seja o grande Barcelona.  Vai Curíntia!!! É nóis, mano!!!    

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