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terça-feira, 15 de abril de 2014

Poder de Del Nero e cia é um acinte. É podre!

Sim, o poder do advogado Marco Polo del Nero e cia bela é um acinte, uma provocação a cidadãos de bem  em pleno País da bandalheira, da corrupção.

Sim, assim também é no esporte. Uma podridão. Dá nojo. Assim é na política. Um antro de sacanagem. Dá vergonha. Assim é na vida. Não é só político não! Todos somos muito semelhantes e perpetramos um Everest de lambanças do nascer ao pôr do sol, da primeira à última estrela.

Pior é que nós brasileiros -- pelo menos quem se julga decente, justo, correto --  nos sentimos confrontados, desafiados, e pouco ou quase nada fazemos. Somos muito mansinhos, puxa-sacos quando interessa, e nos juntamos aos "coronéis", aos dominadores.

Marco Polo del Nero, José Maria Marin, Ricardo Teixeira, João Havelange, Joseph Blatter, Nicolas Leoz, Carlos Nuzman, Ari Graça, Renato Pera e tantos outros dirigentes do esporte mundial jogam no mesmo time.

Um time quase todo sujo, com raros lampejos de craques em prol da coletividade. Um bando de prepotentes, presunçosos, vaidosos, ambiciosos, cínicos e irônicos. Bem mais ricos e poderosos que Anita.

Um time se senhores carecas ou de cabelos brancos, arrogantes, que pautam atitudes e a própria vida nababesca por conveniências pessoais, políticas, financeiras e institucionais. Seus valores são outros, bem outros. Haja cifrões!

Presidente da Federação Paulista de Futebol há 11 anos, além de vice da Confederação Brasileira e membro cativo da Conmebol e da FIFA -- tudo da mesma corriola -- Del Nero será eleito por aclamação. Sem concorrência! Trabalho de bastidores, lógico! Subterrâneos! Podres poderes!

Como presidentes de federações e clubes mamam nas mesmas tetas volumosas, também integram o elenco do Poder Futebol Clube. Os capachos não ousam contestar a hierarquia do mandonismo dos sonhos. Por isso a pseudo e frágil oposição nem conseguiu lançar candidato.

Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e ex-diretor de seleções da CBF, deixou a entidade quando o técnico Mano Menezes foi, sim,  sacaneado por Marin e cia. Andrés esboçou candidatura mas não a efetivou. Uma pena! Não é perfeito, também fala algumas besteiras, mas pelo menos ousa peitar o poder e não é cordeirinho.

Dentre os cinco vice-presidentes  estão o próprio José Maria Marin -- que pode renunciar antes mesmo do final do mandato, em abril de 2015 -- e Fernando Sarney, filho de José Sarney. Sim, o Sarney sempre em posto privilegiado, o oligarca que jamais deixou o encanto do poder, independente de cor e de partido político.

Vice-presidentes regionais recebem, entre outras benesses escamoteadas, R$ 10 mil  por mês como verba de representação. Presidente tem salário de R$ 160 mil. Sim, só isso! Fora o por fora. Que o digam Teixeira e Havelange.

FIFA bilionária, CBF milionária, federações ricas e a maioria dos clubes à míngua. Inadimplentes contumazes e dependentes químicos do protecionismo governamental.   Tudo em nome de um projeto chamado poder.

Por falar em projeto de poder, o novo presidente da FPF deve ser Reinaldo Carneiro Bastos, braço-direito de Del Nero  e há mais de uma década na rebarba do trono futebolístico estadual.

Reinaldo, o moço de Taubaté,  é amigo de longa data do pessoal do Esporte Clube Santo André. Especialmente do ex-presidente Celso Luiz de Almeida, o Celsinho, hoje no comando do Conselho Deliberativo. Notícia pode até ser boa para o nosso Ramalhão!

Quanto ao São Bernardo e ao São Caetano, não creio em qualquer esboço de privilégio. Dono do Tigre em sociedade com o PT, Luiz Fernando é mais chegado em arrecadar fundos partidários e fazer política.

Já o  senhor Nairo,  xerife (ou capataz?) do decadente Azulão, parece não conseguir fazer bem nenhuma coisa nem outra. Em campo, seu clube tem dado vexames sequenciais. Por que até agora só não trocaram o presidente? Pode ser o pulo do gato!

Voltando à podridão infinita, de pai pra filho, de amigo pra amigo. Se não morrer antes, Del Nero vai ficar mais de duas décadas no poder maior nacional. Lógico que o projeto é a FIFA. E antes de sair ele vai fazer o sucessor. Alguém duvida?

Afinal, como quase todos são da mesma laia, com honrosas exceções,  querem se eternizar no trono banhado a ouro. Um acinte! Sinto nojo! Às favas a tão decantada quanto abissal, distante, utópica, democracia de verdade, sem contornos.


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