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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cartão amarelo! E virada injusta

Muitas vezes, a definição de justiça não escapa totalmente de critérios subjetivos. Porém, não há como deixar de caracterizar como injusta a vitória do Atlético Mineiro sobre o Santo André.

A quem culpar? O trio de arbitragem exagerou um pouco em cartões amarelos, especialmente por reclamações, mas não pode ganhar o carimbo de culpado.

O campo? Não! Desta vez não! Se contra o Internacional o gramado parecia um pasto esburacado, agora não há do que reclamar. A bola rolava macia. A grama até parecia um pouco alta.

A ausência de Neneca, que cumpria suspensão? Nada disso! Júlio César sempre foi bom goleiro e substituiu o titular à altura. Sem culpa nos gols, ainda fez uma defesa sensacional em arremate de Diego Tardelli.

O esquema 3-6-1/4-5-1 tão pregado pelo ex-técnico, Alexandre Gallo? Não! O interino, Sandro Gaúcho, um dos maiores artilheiros da história do Ramalhão -- só perde para Tulica -- não poderia escalar o time com apenas um atacante. Não seria tão maluco!

Tanto que jogou com Nunes e Vanderlei enfiados no primeiro tempo, com Marcelino Carioca e Júnior Dutra nas meias, e Sidney e Fernando como volantes de pura contenção. Muitas vezes Fernando virava quarto-zagueiro para cobrir a falta de adaptação de Gustavo Nery, o terceiro da linha de quatro defensores.

Melhor posicionado e com mais volume de jogo, o Santo André perdeu pelo menos três boas oportunidades no primeiro tempo, assim como o Atlético, sempre nos contragolpes. Na segunda etapa, Sandro Gaúcho voltou com Cicinho na lateral-direita, tirou Nunes e encostou Marcelinho e Rômulo -- quase um ponta-direita com liberdade -- em Vanderley. Foram três momentos de gol, dois deles com Marcelinho.

Antes de fazer 1 a 0 com Vanderley, em jogada de Rômulo pela direita, aconteceu o lance que determinou, de fato, a derrota do Santo André. E aí descobri o culpado: eu! Bobamente, Cesinha reclamou de marcação correta do árbitro e recebeu o cartão amarelo. Olhei para trás e disse para outro torcedor: " Que besteira! Agora o Cesinha vai precisar fazer uma falta para matar algum contra-ataque e acabará tomando outro amarelo, ou seja, vai ser expulso".

Não há necessidade de detalhar o resto. Não deu outra! Com a expulsão, após o gol, Sandro Gaúcho teve de sacrificar um atacante -- Vanderley -- para recompor a defesa e fazer entrar um zagueiro de ofício, Rogério. Com um jogador a mais, Celso Roth fez o oposto: sacou Alex Bruno e colocou o grandalhão Pedro Oldoni para segurar a zaga do Santo André, além de tirar Diego Tardelli da área.

Pressionado, o Ramalhão se apavorou, recuou em demasia e levou o empate em finalização de Éder Luís entre Gustavo Nery, Artur e Fernando, a esta altura um terceiro zagueiro de área. Nos acréscimos, de novo pela direita, o levantamento de Carlos Alberto -- ele não havia acertado um, até então -- encontrou Diego Tardelli, que de cabeça, sacramentou a virada. Fernando estava na jogada. Se fosse Cesinha, que enquanto presente foi um dos melhores em campo, talvez o gol não tivesse saído.

Mas saiu e agora o Santo André está sem técnico -- Sérgio Soares tem o melhor perfil e está mesmo voltando -- e na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Pior: tem uma sequência indigesta, com três jogos fora: Santos ( uma incógnita), São Paulo ( em ascensão) e Sport ( também com a corda no pescoço). A coisa tá feia!

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