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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Palmas aos verdadeiros educadores!

Imagine dois times, A e B. Atenção: há integrantes do A que também se encaixam no B. Não se assuste. É só uma brincadeira com assunto sério. Seriíssimo!

Time A: Maristela, Anete, Bombana, Cristina, Silvana, Audrey, Kyoshi, Sueli, Valtinho, Soraia, Teresinha, Dantas, Celina, Sandrinha, João Américo, Ivan, Marisa, Ivete, Palmira, João de Souza, Hélio, Spilleir, Tico, Teco, Jorge, Simionato, Iguatemi, Cica, Albertina, Vavá, Giba, Moreno, William, Adauto, Brunoro, Chico, Alemão, Emerson Tadiello, Émerson Cataruzzi, Fernandinho, Jairzinho, Fabinho, Odarcy, Valdemar, Fiorizzi, Zé Ricardo, Cinthia, Rita, Bárbara, Gil, Carlinhos, Francisco, Floriano, Sandra, Silvaninha, João Paulo, Leo, Neca, Marlene, Silmara, Élcio Minelli, Marcos Cidade, Guarinon, Dirceu, Rosinha, Vanderlei, Bortolocci, Vágner, Piazza, Chicão, Valentim, Jânio, Luzia, Fátima, Marcelo, Zanolli, PH, Patrícia, Rosely, Mauro, Arch, Ivonete e tantos outros bons professores de Educação Física, que estão ou passaram pela Prefeitura de Santo André. Entre eles, vários craques, educadores de verdade. Lógico que também existem pernas-de-pau. Todos jogam...

Time B: Wlamir, Oscar, Paula, Hortência, Janeth, Raí, Kaká, Adauto, William, Marilson, Juliana, Elisângela, Riitano, Fernando Botasso, André Domingues, Alexandre Moratto, Elói Schleder, Marcel, Anderson Varejão, Nenê, Leandrinho, Alex, Laís, Norminha, Marlene Bento, Maik, Marcão, Folhas, SB, Taíra, Meg, Adriana, Valéria, Francine, Baby, Rosária, Aurélio Miguel, Thiago Camilo, Carlos Honorato, Jadel Gregório, João do Pulo, Maurren Maggi, Fabiana Murrer, Hugo Hoyama, Lars e Torben Grael, Robert Scheidt, Marcos Mazzaron, Guga, Fofão, Paula Pequeno, Fernanda Venturini, Isabel, Virna, Ana Mozer, Leila, Bruninho, Maurício, Ricardinho, William, Renan, Xandó, Montanaro, Brunoro, Moreno, Giba, Falcão, Gustavo, Rogério Sampaio, João Derly, Serginho Escadinha, Dante, Marcelo Negrão, Xande, Vera Mossa, Giovanni, Cesar Cielo, Thiago Pereira, Gustavo Borges, Xuxa, Bernardinho, Zé Roberto Guimarães, Emerson, Gó, Danielle e Diego Hipólito, Jade, Dayane, Sandro Mineirinho Dias, Paloma, Edinanci e tantos outros que viraram ídolos, descobertos pelos olhos vivos e conduzidos pelas mãos firmes e palavras carinhosas do profissional de Educação Física, que hoje comemora seu dia. São 10 anos do reconhecimento tardio de uma profissão tão importante para a formação da sociedade como um todo.

O quê os dois times têm em comum? Simples: no mundo, com raríssimas exceções, só existem ídolos porque a orientá-los sempre houve um professor de Educação Física, aqui representado pelo pessoal de Santo André. Poucos expoentes do esporte citados não passaram pelo crivo de um educador muitas vezes esquecido, ignorado, mal-remunerado e humilhado por quem ocupa cargos importantes mas jamais entendeu o real valor do esporte.

Um educador que deve ser respeitado como uma das principais ferramentas de inserção social do planeta. Formar um campeão olímpico é coisa rara, mas não é essa a função precípua do verdadeiro educador. Bem diferente daquele professorzinho que joga a bola de futebol ou futsal e vira as costas para a quadra ou o campo. Como o próprio nome diz, ele deve ser, antes de mais nada, um educador, um formador de cidadãos para a vida.

Sei que às vezes alguns de meus assuntos são recorrentes. Talvez pela formação. Mas não consigo abrir mão de certas opiniões. Senhores mandatários da Nação e do Grande ABC, valorizem o profissional de Educação Física! Sem essa de fazer de conta! Ou os "nobres" já descobriram meio mais adequado para o desenvolvimento da cidadania -- se é que ela lhes interessa, né? -- para a consolidação de valores éticos e morais, para a solidificação da auto-estima, para o combate à violência? Será que alguém duvida da importância da Educação Física, do esporte e da atividade física orientada no combate à marginalidade, às drogas, à pobreza, ao desemprego e às doenças?

Pensem bem, senhores presidente, ministros, senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores, secretários, diretores de esportes, presidentes de clubes e diretores de escolas! Pensem muito antes de parabenizar com ar de me-engana-que-eu-gosto, de prestar homenagens póstumas ou simplesmente restritas ao dia 1º de setembro. É imprescindível investir mais em programas esportivos e lazer! É preciso cobrar competência e investir mais em programas que valorizem o esporte enquanto ação social"! É saudável aplicar verbas públicas também no alto rendimento -- o grande espelho da meninada --, mas com prioridade para a formação!

É preciso sonhar com a medalha olímpica, sim, mas sem se esquecer de lapidar o cidadão comum, que precisa ter o mínimo de formação educacional e escolar para obter projeção social, melhor emprego e melhor renda e relação familiar. É preciso motivar, valorizar e capacitar constantemente o professorado. Respeito se estende também ao delicado momento da aposentadoria. Recado é para as Secretarias de Administração e Assuntos Jurídicos do Governo Aidan Ravin, que pode tentar resolver o problema deixado pela gestão anterior.

Nas prefeituras, nas escolas, no clubes, nas academias, nos parques, nos hotéis, a prática esportiva e a atividade física como braço direito da qualidade de vida não podem ficar em segundo plano, a ter visibilidade apenas no momento de conquistas, aberturas de grandes eventos ou solenidades de inaugurações de equipamentos esportivos. É preciso, repito pela enésima vez, que governantes de meia-tigela deixem de fazer do ESPORTE simples trampolim e moeda de troca político-partidária. Independente de legendas -- e todas são muito semelhantes na incompetência, no fisiologismo, na trambicagem, na desfaçatez e na irresponsabilidade --, o ESPORTE deve ser premiado com a incorporação consistente de POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE, um direito do cidadão. Chega de quebra-galhos!

Portanto, fica um grande abraço a todos os professores de Educação Física do Grande ABC, em especial aos de Santo André, com os quais convivi por sete anos. Um abraço, também, os meus ex-alunos do Colégio São José e da Academia Harmonia. Com as crianças e adolescentes do CSJ foram 11 anos de muitos abdominais, flexões, corridas, jogos e brincadeiras. Foram 11 anos a trabalhar força, velocidade, resistência, agilidade, destreza, equilíbrio e coordenação. Foram 11 anos a pregar respeito, disciplina, comprometimento, humildade e solidariedade.

Pois é... Foi mais de uma década a exercitar cumplicidade, respeito, paciência e amizade. Talvez pelo fato de o professor de Educação Física estar na quadra e no campo, e não na sala de aula, num patamar supostamente superior. Muito difícil o moleque gostar mais de Matemática, né? Sempre fomos iguais. Pelo menos até onde interessava às partes!

Talvez por isso seja tão gratificante quando, mais de 25/30 anos depois, um ex-aluno do São José -- hoje careca, às vezes meio gordinho, com cabelos grisalhos e um ou dois filhos -- te encontra, te abraça e diz com todas as letras: " Você foi muito importante na formação do meu caráter, na orientação dos meus princípios e dos meus valores como cidadão".

A recompensa supera a conquista de qualquer medalha olímpica! Não há nada que pague! Simplesmente, é gratidão. Gratidão que divido com meu irmão, Moisés, e com minha esposa, Angela, também professores de Educação Física do Colégio São José por mais de 20 anos.
Obrigado meus amigos educadores, verdadeiros formadores de cidadãos decentes.

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