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domingo, 6 de setembro de 2009

Gallo, Catarino e o amigo do rei

Pois é... não deu outra! Sob a alegação de pressões e ingerências, Alexandre Gallo pediu o boné e deixou o Santo André. Vou escalar um time de situações. As conclusões ficam por conta do amigo leitor. Afinal, quem está certo? Gallo, os dirigentes ou os dois lados têm lá suas razões? E o Santo André? Ora bolas, que se lasque ladeira abaixo! Torcedores e cotistas não devem pensar assim.

1) Em sete jogos sob o comando de Gallo o Santo André ganhou dois e perdeu cinco. Fez cinco gols levou 11.

2) Dos 21 pontos disputados, Gallo ganhou apenas seis, o que significa aproveitamento pífio de 28,57%, contra 40,47% de seu antecessor, Sérgio Guedes.

3) Em sete jogos Gallo utilizou mais de 20 jogadores e não definiu time nem esquema com clareza. Contentou e descontentou muita gente. Isso é bom?

4) Gallo chegou com carta-branca para dispensar e contratar. Acertou ao executar as tarefas, de baciada, com o campeonato na metade?

5) Será que acertou ao barrar e/ou disponibilizar vários jogadores, causando desconforto e melindre no elenco?

6) Será que acertou ao contratar mais dois laterais, dois zagueiros, um meia e dois atacantes?

7) Será que acertou ao insistir num esquema ( 3-6-1 com variação para 4-5-1) sabidamente fadado ao fracasso? Tanto que, a não ser em situações de exceção, raríssimos técnicos no futebol mundial chegam tão perto do 3-7-0.

8) Será que o treinador acertou ao escalar Rogério e Ávine, ex-reservas do Bahia, assim que chegaram, para enfrentar o Flamengo?

9) Será que Gallo parou para pensar na besteira que fez ao escalar o Santo André do Maracanã com Cris, Rogério e Artur, lateral-esquerdo improvisado como terceiro zagueiro?

10) Será que acertou ao transformar o bom segundo volante Ricardo Conceição em ala direito, desarticulando o meio-campo e dando espaços para Petkovic passear?

11) Será que acertou ao insistir com Júnior Dutra em funções diferentes da que executa com certa desenvoltura, a de segundo atacante? Combater, conduzir bola e armar? Esquece!

12) Será que acertou ao escalar do meio pra frente o bom lateral Rômulo como faz-tudo que não resolve nada?

13) Será que acertou ao deixar Marcelinho Carioca e Gustavo Nery no banco de reservas diante do Flamengo? Afinal, mesmo em recuperação de lesão muscular, o Pé-de-Anjo faz a diferença com lançamentos e arremates. Ainda é perigoso nas bolas paradas. Independente de regalias, ele está para o para o Santo André assim como Ronaldo está para o Corinthians.

14) Será que Gustavo Nery é solução como terceiro zagueiro quando todos sabem que o moço ataca melhor do que defende?

15) Será que no 3-6-1 Nunes, mesmo em má fase, consegue fazer gol se a bola não chega e o companheiro mais próximo está a 30 metros de distância? Bolas do fundo, então, só em ano bissexto.

16) Será que Elvis é tão dispensável assim, de um dia pro outro? De titular para a rua?

17) Será que Gallo conseguiria dar padronização tática para o time a tempo de salvá-lo do rebaixamento?

18) Será que é correto Gallo deixar Marcelinho Carioca fora do time e sugerir que readquira a forma física para o Paulistão de 2010? Não parece loucura? Por que não deixá-lo jogar até o momento que suportar o ritmo? Que outros carreguem o piano!

19) Será que as conversas de Gallo com Marcelinho e depois com o diretor de Futebol Juraci Catarino foram determinantes para a saída do treinador? Ou há algo de podre no reino da Dinamarca?

20) Será que o jogador colocou a diretoria na parede e proclamou o famoso " Ou ele, ou eu"?

21) Será que Gallo se esqueceu de que Marcelinho é amigo do rei? Afinal, para Marcelinho, o presidente da Gestão Empresarial do Santo André, Ronan Maria Pinto, é Deus.

22) Como parece que a recíproca é verdadeira, será que o todo-poderoso não determinou ao seu funcionário, Juraci Catarino, que impusesse a Gallo a manutenção de Marcelinho como titular? Lógico que antes disso Marcelinho teria minimamente ligado para o "chefe".

23) Será que todos se esquecem de que Marcelinho sempre reclamou quando foi substituído ou ficou na reserva?

24) Será que todos se esquecem de que Marcelinhodesrespeitou companheiros e Sérgio Guedes, que, por sinal, também saiu após ingerência da GE para escalar Osny?

25) Será que é difícil entender que Marcelinho é diferenciado, é estrela, é amigo do rei e jamais abrirá mão dos privilégios?

26) Será que é difícil perceber que o clima está tenso e que o Santo André está pavimentando a estrada rumo à Série B e precisa deixar vaidades de lado antes que seja tarde demais?

27) Será que Marcelinho é mais importante do que a instituição Santo André?

28) Será que a convivência ainda pode ser saudável junto ao grupo e aos torcedores?

29) Será que nos próximos jogos o Ramalhão terá Marcelinho, Neneca, Fernando, Ronan, Romualdo e Juraci como técnicos? Um sexteto imbatível?

30) Será que, nas atuais circunstâncias, com clima pesado e com um pé no inferno da zona de rebaixamento, algum técnico capaz e de personalidade vai aceitar o convite para ser pau-mandado, marionete, joguete ou coisa do gênero?

São Bernardo fácil

Pela Copa Paulista, vi a fácil vitória do São Bernardo sobre o São José. Resultado de 3 a 1 poderia ser mais elástico. Meio-campo e ataque do Tigre jogam por música. Em contraposição, pelo menos ontem, a defesa facilitou e bateu cabeça várias vezes antes de tomar o gol.

Público anunciado, de exatos 3 mil pagantes -- a farsa de sempre -- é conversa mole pra boi dormir. Não havia mais do que 1017 pessoas no Primeiro de Maio. Se vendem ingressos com antecedência, não vejo por que esconder. Qual o pecado?

Parece que acontece ao contrário do Santo André, quando o público anunciado é sempre inferior ao que está no Bruno Daniel. Será que é para pagar valores menores à CBF, considerando-se porcentuais de rendas? Não sei.

Vôlei: bela vitória dos meninos de Madeira!

Antes de ver a vitória do futebol brasileiro sobre a Argentina, pela TV, estive no Dell'Antonia para acompanhar de perto o vôlei de Santo André. Meninos do técnico Marcelo Madeira jogaram como gente grande e conseguiram importante vitória de 3 a 0 sobre Araçatuba. Simplesmente atropelaram o Vôlei Futuro nos três sets. Impuseram um ritmo forte e mantiveram a atitude do começo ao fim. Foi bom. Quer dizer, foi ótimo!

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