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domingo, 17 de março de 2013

Azulão: em jejum, à espera de um milagre

Embora ainda tenha 21 pontos a disputar, o São Caetano está cada vez próximo de um precipício mais conhecido como Segunda Divisão.

Lanterna do Paulistão  com seis pontos ganhos e uma vitória solitária, o Azulão precisa ganhar pouco prováveis 14/15 pontos  para evitar o rebaixamento à Segundona.

Pra quem disputou 36 pontos e ganhou somente meia dúzia, superar o desafio  soa como verdadeiro milagre. Azulão apresenta desempenho e números  pífios, além de estar abalado emocionalmente.

Agora há pouco, no Estádio Anacleto Campanella, o time agora novamente dirigido por Ailton Silva jogou mal e  empatou de 1 a 1 com o Palmeiras. Jejum passa a ser de 11 jogos sem vitória.


Primeiro tempo do São Caetano foi um show de horrores. Beirou o ridículo diante de um Palmeiras muito superior. Nervoso e apático, Azulão parecia ter sido vítima de um daqueles dardos carregados de tranquilizante.

"Sossega-leão" fez com que o time (4-4-2) falhasse na marcação, na armação e no ataque. Atacar, por sinal, é heresia. Dominado, o São Caetano só chegou uma vez com perigo ao gol de Fernando Prass.

Por ironia do destino, goleirão falhou aos 41 minutos e o chute do canhoto Éder, de pé direito, entrou quase no canto direito baixo. Henrique atrapalhou, mas a bola era defensável.

Antes disso, só deu Palmeiras. Montado no 4-3-3,  com o meia Wesley liberado para se movimentar e  encostar nos atacantes Patrick Vieira, Kléber e Vinícius, o time de Gilson utilizou a vontade e a velocidade para pressionar um adversário inerte, sem reação, com medo.

Mesmo com o domínio das ações, paradoxalmente, o Palmeiras só chegou com real perigo em duas oportunidades. Aos seis minutos Kléber exigiu boa defesa de Fábio e aos 29 Henrique  bateu pra fora o pênalti cometido por Bruno Aguiar em Kléber.

Após desperdiçar a grande chance de fazer justiça ao placar, o Palmeiras sentiu e diminuiu o ritmo. Também por isso tomou o gol de um  adversário até então candidato a fantasma do ano.

Palmeiras empatou logo aos 3 minutos do segundo tempo com Leandro (entrou no lugar de Patrick Vieira). Azulão falhou na saída de bola e Wesley escapou pela direita. Antes de cruzar, fez falta ao puxar Moradei pela camisa. Um minuto depois, novamente Kléber exigiu outra boa defesa de Fábio.

Menos pregado em cada setor do campo, o São Caetano pelo menos acordou, marcou melhor, se aplicou e  passou a se movimentar mais ofensivamente. Como a igualdade não interessava para o lanterna do campeonato, a alternativa foi soltar laterais e adiantar o meio-campo.

O risco era inevitável, mas o Palmeiras já não era o mesmo. Por isso não aproveitou os espaços e ainda esbarrou num sistema defensivo agora mais bem postado.

Mesmo sem bom nível técnico nem ritmo aceitável, o jogo teve três momentos  de gol com o São Caetano (Éder, Danielzinho e Pedro Carmona) e dois com o Palmeiras (Leandro e Thiago Real).

Pouco para dois times de respeito mas instáveis emocionalmente. Nada mais do que a dura  realidade para quem esbarra nas próprias limitações técnicas e táticas.

Um vive de fortes emoções e adora namorar com a alta tensão. O outro ainda sonha com vitórias salvadoras mas flerta com o precipício.

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