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domingo, 10 de março de 2013

Azulão: quando vitória é sinônimo de utopia

A derrota de  3 a 1 para a Ponte Preta, agora há pouco em Campinas, mostra que o calvário do técnico Geninho parece mesmo não ter fim e que vencer, para o São Caetano, soa como missão impossível.

Agora são seis derrotas e um empate sob o comando do treinador. Ao todo, o lanterna no Paulistão tem apenas uma vitória, dois empates e oito derrotas. Sofreu 26 gols e fez apenas 11.

Números são indesmentíveis: em 11 rodadas, o Azulão ganhou somente cinco dos 33 pontos disputados. Rebaixamento, portanto,  ganha cores cada vez mais  berrantes.

Principalmente  se considerarmos que para se salvar sem sustos é preciso somar pelo menos 20 pontos.  Portanto,  mais 15 pontos de 24 em jogo. Tarefa bem difícil.

Jogo de hoje até poderia ter desfecho diferente se o São Caetano não tomasse o gol logo  no primeiro minuto, quando Diego Rosa foi ao fundo, pela esquerda, e cruzou para William cabecear sem ser pressionado.

Jogando no  4-3-1-2 com  esporádica variação para o 3-5-2, o São Caetano sentiu o golpe e a Ponte (4-4-2 com variação para o 4-5-1), um dos melhores times do campeonato  manteve o ritmo e o domínio.

Jogo  ficou tenso e perdeu qualidade depois dos 13 minutos, após entrada feia de Danielzinho em Ferrugem. Volante armador da Ponte sofreu fratura no pé esquerdo, além de lesão ligamentar,  e foi parar no hospital.

Clima ficou tenso. Nervosismo tomou conta da torcida e dos jogadores da Ponte, que voltou a chegar com perigo aos 18 minutos em finalização de Chiquinho, o substituto de Ferrugem. De novo em jogada pela esquerda.

Mesmo sem tanta competência criativa e ofensiva, São Caetano se equilibrou depois dos 25 minutos, quando passou a marcar melhor e tentou sair pro jogo. Mas só chegou uma vez com perigo, com Danielzinho. Pouco pra quem precisava da vitória e tinha o peso emocional.

Azulão voltou para o segundo tempo mais caracterizado no 3-5-2, com três zagueiros (Bruno Aguiar, Gabriel e Marcone improvisado), dois volantes, dois laterais um pouco mais adiantados, um armador e dois atacantes.

A Ponte manteve o esquema com alternância e chegou ao segundo gol aos 10 minutos: Ramirez cobrou falta da direita e Kléber subiu mais que os zagueiros para marcar de cabeça.

Perdido por dois, perdido por 10, aos 20 minutos o time de Geninho já jogava no 4-2-2-2,  com quatro zagueiros, dois volantes, dois meias ( Rivaldo e Éder, que entrou no lugar de Bruno Aguiar) e dois atacantes (Danielzinho e Nei Paraíba, substituto de Geovane).

Em cinco minutos, o São Caetano diminuiu com Danielzinho após lançamento longo de Éder e poderia ter empatado em seguida, em jogada de Rivaldo pela esquerda.

Porém, aos 26 minutos Pirão recebeu o segundo cartão amarelo e a situação do Azulão ficou preta. Mesmo assim, o time mostrou disposição,  correu o risco e não abdicou do ataque. Exatamente o que a Ponte queria para contragolpear com rapidez e matar o jogo.

Com espaços generosos, a vice-líder e única invicta do campeonato desperdiçou oportunidades com Diego Rosa, Alemão e William antes de  encerrar a conta aos  42 minutos com Alemão, sem qualquer dificuldade. Aos 46, Marcone também recebeu o segundo cartão amarelo.

A Ponte mantém a invencibilidade, o São Caetano mantém a lanterna e Geninho, pra quem vitória parece utopia,   mantém o calvário. Se é que nesse momento, 21h, o técnico já não deixou o cargo.     

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