Sinceramente, alguém imaginava que o jogo do Brasil diante de Portugal seria muito diferente?Me poupe, né? Pura utopia ter acreditado em grande jogo, como se a Copa já estivesse no mata-mata das oitavas-de-final.
Portugueses inteligentes, bem fechados, como um caracol, a se proteger de brasileiros sem a mínima criatividade. Portugueses na defesa, taticamente quase perfeitos, prestes a dar o bote com o perigoso mas isolado e fominha Cristiano Ronaldo.
E o Brasil tocando bola de um lado pro outro, sem poder de penetração, sem triangulações laterais, a depender de repentes com Luís Fabiano e Nilmar. Muito pouco pra quem ostenta cinco estrelas de primeira grandeza.
No segundo tempo, nem isso aconteceu. Portugal deu as cartas e ainda jogou de mão. Quando trocaram meio-campistas defensivos por meias ofensivos, nossos irmãos elevaram um pouco a porcentagem de posse de bola. Ameaçaram, mas também não tiveram capacidade para superar Lúcio, Juan e Júlio César.
E o Brasil tocando bola. Josué, Gilberto Silva, Lúcio, Daniel Alves, Júlio Batista; 10, 20, 30 toques de intermediária a intermediária. Sem a mínima objetividade. E Dunga ainda vem afirmar queo Brasil sempre jogou pra frente, pra vencer.
Afinal, a quem interessava a igualdade para ficar com o primeiro lugar no grupo? Futebol foi de segunda, sem arte e sem emoção, mas não há como afirmar que Dunga estava totalmente errado.
Está na África para fazer resultado, ser campeão sem jogar futebol bonito, entrar para a história, bater no peito e imitar Zagalo: Vocês vão ter de me engolir! Acrescido de... "seus trouxas". Pode que ainda sobre uma "banana" pra quem não torceu a favor. Como eu.
Será assim também contra o Chile, um time que joga e deixa jogar? Tomara que não, mas tenho dúvidas. Dunga não tem tantas opções porque convocou apenas os comprometidos. Seu time marca, marca e marca. Se der, vai contra-atacar com Kaká, Robinho e os alas. Nada mais!
De grão em grão, o Brasil pode até ser campeão. Mas não dá pra imaginar nada muito diferente de ontem. Um time ortodoxo, programado para matar e ganhar na hora certa. Sem brilhar, sem empolgar, sem ao menos imitar a arte hoje tão rara quanto vergonha em palanque de político.
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