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terça-feira, 22 de junho de 2010

Kaká, Juca, fé, futebol e púbis

Embora o respeite, não sou admirador incondicional do badalado jornalista Juca Kfouri. No meio, tanto o criticam como o endeusam. Já me cansei de ler coisas suas extremamente discutíveis. Inclusive sobre o nosso Ramalhão, no ano passado.

Não por puro e cômodo corporativismo profissional, agora sou obrigado a ficar do seu lado em relação ao entrevero ridículo provocado pelo momentaneamente destemperado Kaká. Será que o rancor de Dunga e dos meninos do quartel é contagioso?

Pouco me importe se Juca é ateu, católico ou evangélico. Só sei que desta vez não escreveu nada demais na coluna da Folha. Falou do sacrifício de Kaká ao jogar com uma pubalgia que parece crônica. Soa como elogio, não como crítica.

Bastou para que o ex-menino bonzinho virasse uma fera fora de hora e de lugar. Diante de jornalistas do mundo todo, na coletiva de Imprensa, desandou a falar da coluna após uma pergunta de André Kfouri, filho de Juca.

Puro destempero! O quê o André -- bom jornalista, por sinal -- tem a ver com o peixe? Kaká, frequentemente chamado de menino mimado e mariquinhas pelo também jornalista Flávio Prado, da Pan, mostrou-se inconsequente. Misturou alhos com bugalhos. Misturou Jesus Cristo e ateismo com púbis e futebol.

Kaká confundiu tudo. Alegou perseguição pessoal por motivos religiosos (?) e ainda caiu em contradição ao assumir, logo após, que dúvidas se deve ou não passar por cirurgia para sanar o problema no púbis.

Juca inclusive elogiou o bom futebol mostrado pelo meia diante da Costa do Marfim. Por isso acredito que o moço não deve nem mesmo ter lido a coluna. Foi tão incoerente quanto ridículo.

Como se não bastassem Dunga, Jorginho e Felipe Mello, agora até o bom moço parte pro pau. Pelo menos não generalizou, como a maioria. Mandou mal, de qualquer forma. Que ao menos ratifique a evolução mostrada diante dos africanos e leve a Seleção a algum lugar digno.

Quem será a próxima vítima na batalha entre a Seleção e a Imprensa brasileira. Tomara que não sejamos nós, torcedores. Ou melhor, vocês torcedores. Como diria nosso treinador, me tira fora dessa, tche!

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